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    Inspiradas por Rebeca Andrade, centenas de meninas entram para aulas de ginástica

    As 425 vagas disponíveis em um centro de ginástica na cidade paulista foram preenchidas em menos de 48 horas, um recorde

    Meninas treinam ginástica no local onde Rebeca Andrade começou no esporte, em Guarulhos 08/08/2024 REUTERS/Carla Carniel (Foto: Carla Carniel)

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    Por Dani Morera Trettin, de Guarulhos (SP), Reuters –  No ginásio em Guarulhos onde a ginasta campeã olímpica Rebeca Andrade começou a treinar antes de se tornar a maior medalhista olímpica da história do Brasil, centenas de meninas passaram a seguir os passos dela.

    As 425 vagas disponíveis em um centro de ginástica na cidade paulista foram preenchidas em menos de 48 horas, um recorde.

    Rebeca conquistou a medalha de ouro no solo da ginástica artística nos Jogos de Paris na segunda-feira, elevando seu total para seis em duas Olimpíadas.

    Rosana Marques, coordenadora do centro, afirmou que a demanda pelas vagas triplicou desde que Rebeca foi competir na Olimpíada.

    “Tem muita menina que vem porque viu a Rebeca”, disse ela nesta quinta-feira, com as meninas se aquecendo para iniciar os treinamentos.

    Filha de uma mãe solteira que teve oito filhos, Rebeca caminhava por horas para poder treinar. Seu sucesso mudou a vida de sua família.

    Erika Martins, mãe de Manuela, de 10 anos, e Melissa, de 5, afirmou que estrela da ginástica é uma “motivação muito grande” para elas.

    Martins pediu demissão de seu trabalho como educadora para apostar no sonho de suas filhas, acordando às 4h todas as manhãs. O treinamento de Manuela começa às 8h e vai até as 11h. Já Melissa treina das 14h às 17h. A mãe as espera, do lado de fora.

    “Me inspiro muito na Rebeca”, afirmou Manuella, que vestia uma maquiagem colorida, que combinava com a sua roupa.

    O técnico Osmar Oliveira Júnior afirmou que tudo envolve disciplina: “As crianças aprendem a superar seus limites”, disse.

    Treinador de Rebeca em 2009, ele não conseguia conter a alegria por ver a performance da atleta em Paris: “Essa representatividade que tivemos lá no pódio, de mulheres pretas, eu acho que isso é muito significativo e é a quebra de todos os paradigmas”.

    Lidia Pereira de Campos, de 9 anos, afirmou que seu sonho se tornou realidade quando foi a Paris para assistir à campeã olímpica: "Foi muito legal ter a experiência de ir lá ver a Rebeca Andrade, ver o Brasil lá. Nossa, eu me senti tão animada. Um dia eu quero muito estar lá nas Olimpíadas também representando o Brasil”.

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