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      Jogador paraguaio do Corinthians, Ángel Romero desabafa: 'Brasil é o país com mais racismo no futebol'

      Segundo o atleta, 'primeiro os brasileiros devem arrumar o problema da discriminação internamente e depois ver o que acontece fora'

      Ángel Romero (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - O paraguaio Ángel Romero, atacante do Corinthians, afirmou que o Brasil "é o país com mais racismo" ao comentar sobre os ataques racistas sofridos por jogadores brasileiros no mundo.

      “Aqui [Brasil] é o país com mais racismo. Eles (os brasileiros) se preocupam mais com o que acontece fora, Paraguai, Espanha. Aqui, internamente, os brasileiros são muito racistas entre eles. Primeiro tem que arrumar o problema que têm internamente e depois ver o que acontece fora”, opinou o jogador em entrevista à Rádio ABC Cardinal.

      O camisa 11 disse que vive “diariamente, discriminação, preconceitos, todos os tipos de insulto contra meu país, minha nacionalidade”. “É algo diário. Eu tenho muito orgulho de onde venho. Se me chamam de índio, eu tenho orgulho de ser paraguaio, ser índio, ter essa raça Guarani. Creio que passa por esse motivo. Sempre que me insultam, eu me sinto lisonjeado porque é de onde venho, sou paraguaio, sou dessa raça, não chega a ser um insulto para mim”, continuou.

      “É complicado esse tema, vem de antes, não podem brigar contra isso aqui internamente. Como disse, diariamente aqui se vê muito racismo. Tudo isso se complica quando eles saem para fora. Obviamente, isso não é bom, é crime, mas eles têm que internamente arrumar isso e depois ver o que acontece fora”.

      De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, 136 casos de racismo foram registrados em 2023, aumento de 38,77% em comparação com 2022 (98 incidentes). Na comparação com 2014, primeiro ano desse tipo de pesquisa divulgada pelo observatório, a alta chegou a 444%, ao passar de 25 para 136.

      Os números foram colhidos em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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