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    Rebeca Andrade registra salto inédito para tentar brilhar nas Olimpíadas de Paris

    O Triplo Twist Yurchenko pode ter o nome da ginasta no código de pontuação caso a esportista consiga completá-lo durante os Jogos Olímpicos

    Ginasta Rebeca Andrade (Foto: AGUSTIN MARCARIAN / REUTERS)

    Por Karen Braun

    PARIS (Reuters) - Ginasta mais vencedora da história do Brasil, Rebeca Andrade lançou oficialmente a tentativa de ter um movimento com seu nome, buscando realizar um salto arriscado e que nunca foi completado por uma mulher.

    A Federação Internacional de Ginástica confirmou nesta quinta-feira que Rebeca registrou o Triplo Twist Yurchenko para que ele tenha o seu nome no código de pontuação caso a ginasta consiga completá-lo durante a Olimpíada de Paris.

    O pedido ocorreu depois de vídeos terem sido postados nas redes sociais, sugerindo assim os possíveis planos da ginasta para o salto.

    O Yurchenko é uma entrada rodada com mortal, finalizando com um triplo twist na posição esticada.

    Rebeca, que tem 25 anos, pode estar treinando esse salto em segredo, pois não tentou realizá-lo durante o treino de pódio na tarde desta quinta-feira. Ela não conversou com a imprensa após a sessão.

    Se a brasileira conseguir finalizar o salto, o que pode acontecer já no domingo, durante a rodada de classificação da ginástica artística, o movimento terá o seu nome e trará uma nota de dificuldade 6,0.

    A acrobacia seria, portanto, o segundo salto mais difícil do código feminino, atrás apenas do Biles 2, que tem pontuação de dificuldade 6,4. Trata-se de uma entrada de Yurchenko com duas piruetas na posição carpada.

    A norte-americana Simone Biles realizou esse salto praticamente sem defeitos durante o treinamento desta quinta-feira, embora no passado já tenha apresentado dificuldades para controlar a sua potência na aterrissagem. Isso custou a ela o ouro no último Mundial, quando foi prata, atrás justamente de Rebeca.

    As holandesas Naomi Visser e Lieke Wevers registraram um triplo giro no exercício do solo, com as pernas na posição horizontal. Elas têm esperança de completar o movimento em Paris.

    Ambas fizeram o mesmo durante o Mundial do ano passado, mas não conseguiram executar a acrobacia sem erros.

    A norte-coreana Hong Un-jong foi a primeira atleta a registrar e tentar o triplo Yurchenko durante os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, mas também não completou o movimento.

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