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Suspeita de manipulação: atacante Bruno Henrique é investigado pela PF e MPRJ. Entenda

Operação Spot-fixing mira o jogador do Flamengo e familiares por suposta participação em esquema de apostas no Brasileirão

Bruno Henrique (Foto: Reuters/Daniel Tapia)

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247 - Nesta terça-feira (5), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realizou a Operação Spot-fixing para investigar o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, e um grupo de familiares por possível envolvimento em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo informações iniciais divulgadas pelo jornal O Globo, as investigações indicam que o jogador teria forçado a aplicação de cartões durante a partida de 1º de novembro contra o Santos, onde o Flamengo foi derrotado por 2 a 1. A ação ocorreu nos minutos finais do jogo, quando Bruno Henrique levou um cartão amarelo por falta e, em seguida, um cartão vermelho por ofensas ao árbitro.

A investigação, coordenada pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), iniciou após análises de risco feitas pela International Betting Integrity Association (IBIA) e pela empresa Sportradar, que identificaram um comportamento suspeito no mercado de apostas focado em penalidades como cartões durante jogos do campeonato nacional. Segundo a CNN Brasil, foi descoberto que familiares de Bruno Henrique, incluindo seu irmão, cunhada e prima, criaram contas em sites de apostas e fizeram diversas apostas no dia anterior à partida.

Os dados apurados nas casas de apostas, sob coordenação da Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), reforçam a suspeita de que as apostas foram realizadas por pessoas próximas ao atleta. As evidências indicam uma prática configurada como crime de manipulação esportiva pela Lei Geral do Esporte, prevendo penas de reclusão entre dois e seis anos.

A operação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e pela Coordenação de Repressão à Corrupção da PF, mobilizou mais de 50 agentes, cumprindo 12 mandados de busca e apreensão em diferentes locais, incluindo a residência de Bruno Henrique, em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e no seu quarto de treinamento no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. As buscas se estenderam ainda para a sede das empresas onde o jogador é sócio em Lagoa Santa (MG) e endereços em outras cidades de Minas Gerais.

Entre os alvos da operação, além de Bruno Henrique, estão Wander Nunes Pinto Junior, seu irmão; Ludymilla Araujo Lima, sua cunhada; e Poliana Ester Nunes Cardoso, sua prima, além de outros moradores de Belo Horizonte, cidade natal do atleta.

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