Advogados atuam como observadores em protesto
Cerca de 100 integrantes de diversas comissões da OAB-GO acompanharam prisões de manifestantes e os trabalhos do chamado grupo de situação, formado pelo alto comando das polícias, Guarda Municipal e SMT para tomar decisões imediatas durante a manifestação que reuniu milhares de pessoas nas ruas de Goiânia na quinta-feira (20)
OAB-GO_ Cerca de 100 integrantes de diferentes comissões da OAB-GO atuaram como observadores da manifestação realizada na quinta-feira (20) em Goiânia. A prisão de quatro manifestantes foi acompanhada no 1º Distrito Policial, garantindo que tudo ocorresse dentro da normalidade.
"Estivemos em diferentes pontos entre os manifestantes e com equipes da Secretaria de Segurança que atuavam na manifestação. O que pudemos perceber até o início da noite é que os próprios manifestantes continham e vaiavam aqueles que provocavam tumulto", conta a presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB-GO, Mônica Araújo.
Os manifestantes sentavam-se no chão para que aqueles que estivessem provocando tumulto ficassem expostos e, logo em seguida, vinham as vaias.
Mônica Araújo e o presidente da Comissão de Segurança Pública, Rodrigo Lustosa, acompanharam a elaboração das estratégias das polícias. As comissões acompanharam também os trabalhos do chamado grupo de situação, formado pelo alto comando das polícias mais Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) para tomar decisões imediatas durante a manifestação.
O grupo manteve contato permanente com a equipe de monitoramento da Polícia Militar (PM) e com o 1º DP, responsável pelo Centro da cidade. "Discutimos desde maneiras de autuação de manifestantes que eventualmente praticassem excesso até a liberação da circulação de ônibus ao fim dos protestos", conta Araújo.
Diante da tranquilidade da situação, a ordem defendeu a volta dos ônibus ao centro, para que os manifestantes pudessem voltar pra casa. Para lá foram encaminhadas pessoas flagradas portando paus e pedras, mas logo eram liberadas, já que não se configuraram práticas de crime.
Segundo Lustosa, as autoridades policiais e os quatro detidos foram ouvidos. "Tudo ocorreu dentro da normalidade, não havia sinais ou denúncias de agressão policial e nós os orientamos a constituir um advogado ou recorrer à Defensoria Pública", diz o presidente da comissão.
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