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    Advogados são presos acusados de cobrar para ‘comprar’ decisão

    A Polícia Federal prendeu dois advogados acusados de cobrar R$ 200 mil para influenciar na decisão judicial da liberação de um casal acusado do assassinato de um advogado; eles foram presos no momento da entrega de parte do dinheiro; todos os passos do caso estavam sendo acompanhados pelos federais

    A Polícia Federal prendeu dois advogados acusados de cobrar R$ 200 mil para influenciar na decisão judicial da liberação de um casal acusado do assassinato de um advogado; eles foram presos no momento da entrega de parte do dinheiro; todos os passos do caso estavam sendo acompanhados pelos federais (Foto: Voney Malta)
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    Alagoas247 - Agentes da Polícia Federal prenderam, na tarde desta quinta-feira (26), dois advogados e um motorista acusados de cobrar R$ 200 mil para influenciar na decisão judicial da possível soltura do casal Janadaris Sfredo e Sérgio Sfredo, acusado na morte do advogado Marcos André Deus de Félix, em março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. 

    De acordo com a assessoria da Polícia Federal, o setor de inteligência da PF começou a atuar no caso após Janadaris denunciar que os advogados Júlio César e Augusto Granjeiro teriam prometido vencer a causa se tivessem acesso ao montante, que garantiria decisão favorável no pedido de habeas corpus junto ao Poder Judiciário. O nome do motorista preso não foi divulgado. 

    Conforme o acordo, R$ 100 mil seriam pagos, nesta tarde, em um posto de combustíveis localizado na entrada da Praia do Francês, enquanto o restante do dinheiro seria entregue somente após o anúncio decisão judicial.

    Ainda segundo a polícia, com o trio, foram encontrados R$ 100 mil em espécie, valor que seria fruto da primeira parte do acordo. Os presos e o material apreendido foram levados para a sede da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Jaraguá, em Maceió. 

    Ainda de acordo com a assessoria da PF, os agentes federais realizaram diligências e acompanharam a entrega do dinheiro no local e horário marcados. Os acusados serão indiciados pelo crime de exploração de prestígio, na forma qualificada, pois, alegavam que os valores seriam destinados a integrantes do Poder Judiciário. Para este tipo de crime, a legislação prevê pena de até sete anos de prisão. 

    A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas, por sua vez, esteve representada na superintendência da PF, acompanhando todos os procedimentos.

    Com gazetaweb.com

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