Aleluia: indústria pode demitir 146 mil no Nordeste
Deputado José Carlos Aleluia, do DEM, alerta para o risco de desemprego de 146 mil nordestinos por causa da não renovação de contratos de energia da Chesf com empresas siderúrgicas e petroquímicas da região, que expiram em julho próximo; ele lembra que no ano passado, o Congresso autorizou renovação do fornecimento direto das geradoras aos grandes consumidores, mas o governo vetou a proposta; "Na última quarta-feira, o veto presidencial entrou na pauta e, depois de ser derrubado na Câmara, acabou sendo mantido no Senado por apenas dois votos de diferença", diz o democrata, que foi presidente da Chesf
Bahia 247 - O deputado federal baiano José Carlos Aleluia, do DEM, alerta para o risco de desemprego de 146 mil nordestinos por causa da não renovação de contratos de energia da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) com empresas siderúrgicas e petroquímicas da região, que expiram no próximo mês de julho.
"Como se já não bastassem as demissões em massa do estaleiro Enseada, em Maragojipe, se a presidente Dilma não renovar os contratos, a Bahia será a principal prejudicada, porque aqui estão as principais indústrias atingidas", diz o democrata.
Aleluia afirma que no ano passado, o Congresso autorizou a renovação do fornecimento direto das geradoras aos grandes consumidores, mas o governo vetou a proposta. "Na última quarta-feira (11), o veto presidencial entrou na pauta e, depois de ser derrubado na Câmara Federal, acabou sendo mantido no Senado por apenas dois votos de diferença".
Agora, segundo o deputado baiano, se ficar impossibilitada de contratar diretamente da Chesf, a indústria de base nordestina vai ter que comprar energia no mercado livre com custo bem maior.
"Fui presidente da Chesf e sei que, na prática, isso leva a um aumento significativo no custo de empresas que possuem até 40% dos seus gastos de produção em energia, a exemplo de muitas do Polo Petroquímico de Camaçari, de Alagoas, Pernambuco e Ceará".
Para Aleluia, as consequências serão demissões, diminuição da produção e perda de competitividade da indústria nordestina.
"O caos social já se instalou no Recôncavo por causa do fiasco do Estaleiro Enseada, projeto que vem sendo abortado devido ao petrolão. Agora, empresas estabelecidas e sólidas, que produzem anualmente R$ 16 bilhões e geram centenas de milhares de empregos, estão sendo vítimas de mais essa barbeiragem da presidente Dilma Rousseff".
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