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    André Moura tenta evitar rejeição por defender Feliciano

    Para não ficar com a imagem arranhada, diante da polêmica eleição de Marco Feliciano para presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM), o parlamentar tem reafirmado sua defesa e respeito aos grupos de minorias, principalmente, os gays, lésbicas, transexuais e travestis; na tarde da última quinta-feira (15), André recebeu, em Aracaju, representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLTT), Tatiane Araújo, Rogério Fernandes e Edinalva Monteiro, para discutir o tema; ela entregou ao líder do PSC na Câmara um documento de reivindicações, que deverá chegar à CDHM, que pede o cancelamento da sessão, na qual Feliciano foi eleito

    André Moura tenta evitar rejeição por defender Feliciano
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    Valter Lima, do Sergipe 247 – Se por um lado o PSC decidiu manter a indicação do deputado federal Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM), mesmo com tantos protestos de grupos organizados e da intensa manifestação contrária em redes sociais, por outro lado, o líder do partido na Câmara, o deputado federal André Moura, de Sergipe, sentiu o peso de ter que carregar uma indicação tão controversa.

    Para não ficar com a imagem arranhada, diante do episódio, o parlamentar tem reafirmado sua defesa e respeito aos grupos de minorias, principalmente, os gays, lésbicas, transexuais e travestis. Na tarde da última quinta-feira (15), André recebeu, em Aracaju, representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLTT), Tatiane Araújo, Rogério Fernandes e Edinalva Monteiro, para discutir o tema. Ela entregou ao líder do PSC na Câmara um documento de reivindicações, que deverá chegar à CDHM. A associação pede o cancelamento da sessão, em que Marco Feliciano foi eleito presidente.

    Mesmo as lideranças religiosas mais extremistas, como é Marco Feliciano, não aceitam de bom grado a pecha de preconceituosos, discriminadores e homofóbicos, embora o sejam. Eles sabem que, mesmo encontrando ressonância em alguns filões e grupos, isto não é visto pela opinião pública e por parcela mais significativa da sociedade como algo positivo. Para André, que não possui um mandato ligado a religiosos, ser tachado de separatista pode ter proporções eleitorais negativas.

    Tanto que foi o deputado sergipano quem sugeriu ao partido estudar a possibilidade de mudar o nome da indicação da sigla para a comissão, diante das movimentações populares. Via redes sociais, a partir de quase uma dezena de perfis, André tenta tirar de si qualquer imputação de erro ou concordância com Feliciano. Ele já disse, inclusive, que não concorda com a maioria das declarações do pastor.

    Para a jornalista Dora Kramer, que assina coluna no jornal Estadão, “é evidente que faltou bom senso ao PSC, na escolha do nome de Feliciano, assim como falta sensibilidade na decisão de fazer de sua permanência quase que uma questão de honra”. Ou seja, fica claro que mesmo tentando se mostrar contrário a quase tudo que o deputado-pastor defende, André vê recair sobre si o ônus de ter que representá-lo. Cabe ao sergipano pesar o que mais lhe traz bônus político. Por enquanto, ele prefere jogar no “ataque” e na “defesa” ao mesmo tempo. Muito arriscado, pois pode ser acusado de fazer jogo duplo.

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