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    Após Monark defender 'liberdade de expressão' para nazistas, coletivos judaicos pressionam patrocinadores do Flow

    O youtuber afirmou que "nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei"

    (Foto: Reprodução)

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    247 - Após o apresentador do Flow Podcast Monark proferir falas antissemitas, defendendo que "nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei" coletivos judaicos pressionam patrocinadores para interromperem o financiamento do programa.

    De acordo com reportagem do portal Yahoo, nas redes sociais, o Instituto Brasil-Israel questionou o patrocínio da loja de roupas Insider Store. “É sério que vocês vão continuar patrocinando quem diz que ‘tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei’ e que ‘se o cara quiser ser um anti-judeu, eu acho que ele tinha direito de ser", disse. 

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    Daniel Douek, Diretor do Instituto Brasil-Israel, justificou a ação. "Pressionar plataformas e patrocinadores pelo estabelecimento de critérios e padrões de publicação, em vez de insistir na tentativa de convencimento daqueles que emitem discursos discriminatórios é muito mais efetivo. É a diferença entre atuar no varejo ou no atacado."

    Douek avalia que, na maioria dos casos, é difícil convencer uma pessoa com opiniões discriminatórias. "E nem haverá tempo para lidar com todos aqueles que se manifestam. Mas plataformas e patrocinadores normalmente não desejam associar sua marca a discursos de ódio."

    O coletivo Judeus pela Democracia também usou as redes sociais para cobrar os patrocinadores por uma ação. “Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão.”

    O grupo sugeriu ainda a mobilização do Sleeping Giants, movimento de consumidores contra o financiamento do discurso de ódio e notícias falsas, para pressionar os patrocinadores do Flow Podcast.

    Saiba mais 

    O youtuber Monark protagonizou na noite desta segunda-feira (7) mais uma cena de completa distorção do conceito de liberdade de expressão. Em debate com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), Monark defendeu que o nazismo seja compreendido como "liberdade de expressão".

    "Nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei", afirmou o youtuber.

    Kataguiri também defendeu que o nazismo não seja criminalizado. Segundo ele, a melhor ideia de repreender o discurso de ódio é liberando-o para que possa - supostamente - ser "rechaçado" pela opinião pública. "Kim, você acha que é errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo?", questionou Tabata, ao que o parlamentar respondeu: "acho".

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