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Assédio eleitoral nas empresas passa de 800 denúncias em 2024

Nordeste lidera casos de coação contra trabalhadores, diz Ministério Público do Trabalho

Funcionários da Justiça Eleitoral preparam urnas eletrônicas para eleição em Porto Alegre 23/09/2022 (Foto: REUTERS/Diego Vara)

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247 - As eleições de 2024 têm revelado um aumento significativo de assédio eleitoral no Brasil, com mais de 800 denúncias de trabalhadores sendo coagidos por patrões para votar em determinados candidatos. Dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) apontam que, até este sábado (19), 801 casos foram registrados. São Paulo lidera as denúncias com 106, seguido pela Bahia com 94, e o Nordeste aparece como a região com o maior número de queixas, somando 310. O MPT já firmou 40 termos de ajuste de conduta e moveu 28 ações judiciais para combater a prática, destaca reportagem do Uol.

Os casos de coação variam desde reuniões com empregados para promover ou atacar candidatos, até ameaças de demissão ou promessas de benefícios em troca de votos. Algumas empresas obrigam seus funcionários a vestir uniformes de campanha ou a comprovarem em quem votaram, mesmo sabendo que é ilegal tirar fotos da urna. Esse tipo de pressão, que muitas vezes ocorre de forma silenciosa, pode impactar diretamente a liberdade de voto dos trabalhadores, distorcendo o processo democrático. Segundo o MPT, a tendência é que a coação aumente nas semanas finais do segundo turno.

Em eleições passadas, como a de 2022, o assédio eleitoral já havia explodido no Brasil, com mais de 3.600 denúncias registradas pelo MPT.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reforça que a prática é crime, passível de multas elevadas e até de prisão para os empregadores envolvidos. Casos de grande repercussão, como o de Luciano Hang, proprietário da Havan, condenado a pagar R$ 85 milhões por coagir seus empregados a votarem em Jair Bolsonaro, mostram que as ações estão sendo levadas à Justiça.

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