Celg: Lúcia Vânia encurrala Caiado e contesta dados
Senador liderou audiência no Congresso para tratar da venda da Celg, mas acabou sendo encurralado pela senadora Lúcia Vânia e o presidente da Celg Par, José Fernando Navarrete; Lúcia acusou Caiado de apresentar dados errados e trabalhar contra os interesses de Goiás ao sabotar a venda; "Não é justo que se coloque dados que não sejam verdadeiros. É um posicionamento que envolve viés político-partidário muito ruim para o Estado"; Navarrete também contestou os números mostrados por Caiado; senador levou até claque para a audiência e em cada pausa durante sua fala, uma turma no fundo batia palmas; "Certamente, o senador Ronaldo Caiado utilizou dados incorretos", disse o presidente
Goiás 247 - O presidente da Celg Par, José Fernando Navarrete, e a senadora goiana Lúcia Vânia (PSB), criticaram Ronaldo Caiado (DEM) e acusaram o senador de apresentar dados incorretos sobre a Celg durante audiência para tratar da venda da companhia energética, na tarde desta segunda-feira, no Congresso.
Caiado mostrou planilhas num telão e aproveitou a oportunidade para proferir ataques ao governo de Goiás e às gestões anteriores da empresa, deixando de apresentar ao menos uma proposta factível para a Celg. O senador organizou até uma claque que o apladiu em cada pausa. Pessoas sentadas no fundo batiam palmas efusivamente assim que Caiado dava uma deixa.
"É muito ruim ficar jogando pedra no passado porque o mais importante é salvar nossa empresa goiana. Não é justo que se coloque dados que não sejam verdadeiros", disse Lúcia Vânia. A senadora acusou o senador de estar usando dados errados. "Ele não sabe a realidade da Celg". "Esse dinheiro vai para investimentos, senhor Caiado; para investimentos em energia em Goiás".
"Certamente, o senador Ronaldo Caiado utilizou dados incorretos; provavelmente, ele não teve acesso à verdadeira realidade da Celg" disse Fernando Navarrete.
Em entrevista, Lúcia Vânia continuo as críticas contra Caiado, que faz de tudo para atrapalhar o processo de venda da empresa, que já foi autorizada pelo governo federal.
"É um posicionamento que envolve viés político-partidário muito ruim para o Estado. Na verdade, não pode existir um brasileiro que admita que trocar uma dívida cara por uma dívida mais barata seja errado. E ele (Caiado) fez isso com a obstrução na medida provisória. Nós já perdemos R$ 150 milhões".
Manobra
No mês passado, com ajuda do deputado federal Daniel Vilela (PMDB), Caiado articulou para derrubar emenda que reduziria em R$ 400 milhões a dívida da Celg com a usina de Itaipu. O texto da MP convertia a dívida de dólar para real, gerando economia aos cofres do Estado.
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