Clima esquenta na Câmara Municipal de BH

Minas 247 – O clima esquentou na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), nesta segunda-feira (5), após um encontro que durou cerca de 30 minutos para investigar os contratos no sistema de transporte coletivo em uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Enquanto os vereadores proferiam os seus discursos, um grupo de jovens tentou entrar na Casa para distribuir coxinhas. Um dos manifestantes foi atingido no olho. A briga acabou com a sessão, que se deu por encerrada.

No entanto, mesmo após o debate, o conflito continuou e ficou tenso quando os parlamentares da oposição questionaram a validade das estatísticas das planilhas com as despesas e a maneira de definição dos preços das passagens de ônibus. Esses dados estão disponibilizados no site da BHTrans. O vereador Gilson Reis (PC do B) acusou o prefeito Márcio Lacerda (PSB) de mentir, uma vez que o gestor teria dito que a planilha estava atualizada, ao passo que a mesma é referente ao ano de 2007, conforme o parlamentar.

Por sua vez, o vereador Adriano Ventura (PT) defendeu a convocação do prefeito à Câmara Municipal com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre os cálculos das tarifas de ônibus. "Nós queremos não somente disponibilizar, mas compreender e contra-argumentar", afirmou. Após Lacerda ter chamado de preguiçosos os manifestantes que não acessara os dados no site do BHTrans,

Ventura classificou as declarações do prefeito como uma atitude de "coragem e muita audácia", conforme o Estado de Minas.
Já a prefeitura disse, através de nota, que as estatísticas estão disponíveis desde o começo de julho. Segundo o texto, o preço da passagem de ônibus em Belo Horizonte não está mais entre os mais caros do país, com o início do governo Márcio Lacerda.