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    Comissão do São Francisco apresenta medidas para a crise hídrica

    Um conjunto de 21 medidas de convivência com o semiárido e para amenizar os efeitos da estiagem no Ceará foram apresentadas hoje (12) pela Comissão. Entre elas está assegurar investimento de R$ 30 milhões para construção de adutoras rápidas no interior do Estado, além da paralisação da usina termelétrica do Pecém. "No Brasil, está sobrando energia. Estamos na tarifa verde. Que sentido faz estarmos em uma crise como essa ofertando água para a termelétrica?”, disse o presidente da Comissão, deputado Carlos Matos (PSDB)

    Um conjunto de 21 medidas de convivência com o semiárido e para amenizar os efeitos da estiagem no Ceará foram apresentadas hoje (12) pela Comissão. Entre elas está assegurar investimento de R$ 30 milhões para construção de adutoras rápidas no interior do Estado, além da paralisação da usina termelétrica do Pecém. "No Brasil, está sobrando energia. Estamos na tarifa verde. Que sentido faz estarmos em uma crise como essa ofertando água para a termelétrica?”, disse o presidente da Comissão, deputado Carlos Matos (PSDB) (Foto: Rodrigo Rocha)
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    Ceará247 - A Comissão Especial de Acompanhamento e Monitoramento das Obras de Transposição do São Francisco da Assembleia Legislativa elaborou um conjunto de 21 medidas de convivência com o semiárido e para amenizar os efeitos da estiagem no Ceará. Entre as propostas, está assegurar investimento de R$ 30 milhões para construção de adutoras rápidas no interior do Estado, e um adicional de 10%, equivalente a R$ 50 milhões, do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), para superação da crise hídrica.

    O colegiado esteve reunido, na manhã desta segunda-feira (12/12), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O encontro teve como objetivo apresentar soluções para evitar o colapso hídrico no Ceará com a construção de agendas junto aos governos federal e estadual.

    De acordo com o deputado Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão, entre as medidas classificadas como "urgente" está a paralisação da usina termelétrica do Pecém. "No Brasil, está sobrando energia. Estamos na tarifa verde. Que sentido faz estarmos em uma crise como essa ofertando água para a termelétrica?", criticou. O parlamentar também apontou a necessidade de redução do consumo de água em Fortaleza e da diminuição da taxa de desperdício por parte da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), que atualmente é de 42% - a meta é alcançar os 30%.

    Segundo o presidente do Conselho Temático de Agronegócios da Fiec, Bessa Júnior, o setor do agronegócio já está perdendo áreas de investimento no Ceará em razão da seca, como é o caso dos produtores de fruta, que estão migrando para outros estados por conta da falta de água. Uma das alternativas encontradas para conter essa perda foi a tecnologia de reúso da água. "Quando a gente vai para um distrito industrial como Maracanaú, já temos 30% das indústrias trabalhando o reúso", informou.

    Bessa Júnior defendeu ainda a união dos vários setores da sociedade para enfrentar o problema. "Estamos chegando a uma situação que a Grande Fortaleza, com quatro milhões de habitantes, sinaliza dificuldades de abastecimento. Se não reunir indústria, comércio e todos os setores para construir um projeto, as coisas realmente ficam difíceis", avaliou.

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