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    Delegado preso por ligação com milícia recebia "mesada" de até R$ 300 mil, revela PF

    Relatório da PF revela esquema de suborno para barrar investigações de assassinatos, incluindo o caso da vereadora Marielle Franco, envolvendo o delegado Rivaldo Barbosa

    (Foto: Leonardo Lucena)

    247 - A Polícia Federal reveloua existência de um esquema de propinas pagas à Delegacia de Homicídios, liderada pelo delegado Rivaldo Barbosa. Segundo informações contidas em um relatório da PF relacionado ao caso Marielle Franco, a milícia estaria desembolsando quantias astronômicas, incluindo “mesadas” que chegavam a até R$ 300 mil, para garantir o silêncio e a inatividade das investigações criminais, diz o Metrópoles.

    Ainda de acordo com a reportagem, Orlando Curicica, figura central nas investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, forneceu detalhes sobre a rotina de subornos direcionados à Delegacia de Homicídios. Segundo seu depoimento, a prática era frequente, com valores mensais variando entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, além de pagamentos adicionais para assegurar que casos específicos não fossem investigados.

    O relatório da PF destaca um caso emblemático em que um associado do bicheiro Rogério de Andrade teria desembolsado a quantia de R$ 300 mil para evitar que a morte do sargento da reserva Geraldo Antônio Pereira, ocorrida em maio de 2016, fosse devidamente apurada pela Delegacia de Homicídios. Outros assassinatos também foram mencionados, como o do presidente da Portela, Marcos Falcon, e do contraventor Heylton Carlos Gomes Escafura e sua esposa, casos nos quais as investigações teriam sido interrompidas devido ao pagamento de propinas.

    Um aspecto particularmente chocante do relatório é a menção de extorsão direta, envolvendo o próprio delegado Rivaldo Barbosa. Orlando Curicica detalhou um incidente no qual ele e sua esposa foram alvos de extorsão enquanto Rivaldo estava à frente da Delegacia de Homicídios. Segundo o depoimento de Curicica, eles foram coagidos a entregar R$ 20 mil a um subordinado do delegado como forma de "proteção".

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