Dnit-PE implanta auditoria após desvio de R$ 67 mi

Raphael Coutinho_247 – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte de Pernambuco (Dnit-PE) se pronunciou, nesta quinta-feira (24), a respeito da operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na última quarta-feira(23), que investiga indícios de desvio de mais de R$ 67 milhões da instituição no Estado. Em nota oficial, o órgão diz que tomou conhecimento do fato e entrou em contato com a PF para ter conhecimento do teor das investigações, que correm em segredo de Justiça. O documento diz que a solicitação das informações servirá para “adotar os procedimentos internos de Auditoria, como o Processo Administrativo Disciplinar”.

Ainda segundo a nota, o Dnit-PE relata que “apoia integralmente as ações de fiscalização realizadas pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal, e coloca- se à disposição para fornecer todos os dados necessários à conclusão das investigações”. A PF continua com os andamentos da investigação sobre denúncias de desvio de verbas públicas, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro dentro do (DNIT).

O suposto desvio de R$ 67 milhões é estimado em apenas um dos contratos analisados na ação. PF, CGU e Receita divulgaram um balanço parcial da operação, batizada de Casa 101, e que resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão no Recife, Paudalho e Garanhuns, em Pernambuco, e em Maragogi, no Estado de Alagoas.

Ao todo, seis pessoas foram detidas, ouvidas e, em seguida, liberadas. Também foram apreendidos bens e houve bloqueio em contas bancárias estão bloqueadas. Notebooks e computadores também foram recolhidos pelos agentes envolvidos na ação. O material será analisado para apuração de pessoas e empresas envolvidas no esquema. A PF não divulgou o nome das pessoas e das empresas envolvidas.

As investigações da PF estão sendo realizadas baseadas em relatórios de auditoria da CGU. O levantamento indicou várias irregularidades nas obras e serviços públicos. Além disso, foi descoberto que quase todos os contratos firmados entre o Dnit e as construtoras vencedoras das licitações realizadas no Recife e na Região Metropolitana eram de responsabilidade de um único servidor público.