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    Elmano: Brasil precisa ter maior capacidade de poupar e investir

    As discussões sobre o modelo de gestão no país chegaram ao Senado Federal por meio de pronunciamento do senador Elmano Férrer (PTB-PI); segundo ele, existe a necessidade de reavaliar o modelo e introduzir novas práticas na gestão pública, incluindo o pacto federativo; Elmano defendeu a atenuação dos desequilíbrios regionais, tendo em vista que o país possui problemas antigos em termos de gestão pública; "As regiões menos desenvolvidas do Estado se tornaram meros apêndices do processo de integração nacional. Multiplicou-se a concentração de riquezas e as desigualdades regionais", afirmou

    As discussões sobre o modelo de gestão no país chegaram ao Senado Federal por meio de pronunciamento do senador Elmano Férrer (PTB-PI); segundo ele, existe a necessidade de reavaliar o modelo e introduzir novas práticas na gestão pública, incluindo o pacto federativo; Elmano defendeu a atenuação dos desequilíbrios regionais, tendo em vista que o país possui problemas antigos em termos de gestão pública; "As regiões menos desenvolvidas do Estado se tornaram meros apêndices do processo de integração nacional. Multiplicou-se a concentração de riquezas e as desigualdades regionais", afirmou (Foto: Leonardo Lucena)
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    Piauí Hoje - As discussões sobre o modelo de gestão no país chegaram ao Senado Federal por meio de pronunciamento do senador Elmano Férrer (PTB-PI). Segundo ele, existe a necessidade de reavaliar o modelo e introduzir novas práticas na gestão pública, incluindo o pacto federativo. Elmano defendeu a atenuação dos desequilíbrios regionais, tendo em vista que o país possui problemas antigos em termos de gestão pública. "As regiões menos desenvolvidas do Estado se tornaram meros apêndices do processo de integração nacional. Multiplicou-se a concentração de riquezas e as desigualdades regionais", afirmou.

    Elmano ressaltou que o Estado brasileiro está imobilizado e pressionado. De um lado, por uma estrutura político-administrativa pesada, morosa, viciada; de outro lado, pela pressão da sociedade, cada vez mais insatisfeita com os serviços públicos que recebe e revoltada com a classe política. "A crise de Estado que atravessamos fica clara ao evidenciarmos, por exemplo, que desde a crise dos anos 80, alguns curtos períodos de euforia, o país vive uma estagnação em sua renda per capita. De 1930 a 1980, sua taxa média anual de crescimento foi de 4,0%, o maior crescimento do mundo naquele período. Já de 1980 a 2013, este crescimento caiu para menos de um quarto disso, segundo dados do Ipea", relatou

    Entretanto, o senador lembra que no caso brasileiro, a reinvenção do Estado só fará sentido se um dos objetivos centrais for conferir-lhe maior capacidade de poupar e investir na infraestrutura física, social e tecnológica, ensejando maior competividade à indústria nacional nos mercados globalizados. "Possuir um governo eficaz, um Estado estruturado a partir de objetivos nacionais previamente definidos, passou a ser o grande diferencial a explicar a riqueza e a pobreza das nações", frisou."O Brasil tem posição geopolítica estratégica, e não pode se eximir de pensar seu futuro, de buscar assento privilegiado no concerto das nações. Este debate deve ocorrer em círculos de elevado poder decisório, daí porque o senado da república não pode ficar indiferente ao tema", acrescentou Elmano Férrer.

    Para o senador, a desilusão com os governos se tornou endêmica. O momento político e econômico delicado que o Brasil e o mundo atravessam potencializou esta desilusão, mas o cerne da questão vem de longe, alimentado pelo distanciamento histórico entre promessas eleitorais e as práticas no exercício dos mandatos conferidos pelo povo.

    "Parte da desilusão popular vem do frequente comportamento teatral dos seus representantes, que culmina em equivocados impasses políticos e atuação em descompasso com seus anseios e com os interesses do estado", destacou. E reforçou: "A crise do estado é também a crise da própria sociedade. A confiança nos governos despenca em todo o planeta. A incapacidade dos governos darem respostas aos problemas sociais é um terreno fértil para a exacerbação de paixões políticas,posições extremistas e mudanças no cenário político, fatos que muitos chamam indevidamente de reação conservadora".

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