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    Em BH, militares protestam contra renegociação de dívidas

    Bombeiros e militares são contra a proposta, porque, para haver equilíbrio financeiro nos estados, o projeto pode congelar salários, promoções e recrutamentos de policiais; secretário de Governo, Odair Cunha afirmou que, se o projeto for aprovado, o governo "não vai aderir ao programa de recuperação fiscal" por considerar as contrapartidas exigidas pela União "desproporcionais"; "É a negação do Estado e da autonomia federativa", salientou

    Bombeiros e militares são contra a proposta, porque, para haver equilíbrio financeiro nos estados, o projeto pode congelar salários, promoções e recrutamentos de policiais; secretário de Governo, Odair Cunha afirmou que, se o projeto for aprovado, o governo "não vai aderir ao programa de recuperação fiscal" por considerar as contrapartidas exigidas pela União "desproporcionais"; "É a negação do Estado e da autonomia federativa", salientou (Foto: Leonardo Lucena)
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    Minas 247 - Policiais militares protestam, nesta terça-feira (20), contra o projeto de lei (PLP 257) que propõe regras para a renegociação da dívida dos estados com a União. A categoria se reuniu na Praça da Assembleia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e depois deu início à manifestação em motos.

    Bombeiros e militares são contra a proposta, porque, para haver equilíbrio financeiro nos estados, o projeto pode congelar salários, promoções e recrutamentos de policiais. Os servidores querem apoio do governo estadual para pressionar deputados e o governo federal para que o projeto de lei não seja aprovado. Em coletiva de imprensa, o comandante Marco Antônio Badaró Bianchini, da PM, disse que o ato não compromete o serviço da corporação.

    A proposta estabelece o prazo adicional de pelo menos 20 anos para pagamento das dívidas refinanciadas e a suspensão das parcelas de 2016. A extensão do prazo da dívida está condicionada a algumas exigências a serem cumpridas pelos governos estaduais. Os estados não podem gastar mais do que o índice da inflação nos próximos dois anos, devem reduzir gastos com folha de pagamento e aumentar a contribuição previdenciária dos servidores ativos, entre outros pontos. 

    Após a reunião desta segunda-feira (19), o secretário de Governo, Odair Cunha, afirmou que, se o projeto for aprovado, o governo "não vai aderir ao programa de recuperação fiscal" por considerar as contrapartidas exigidas pela União "desproporcionais". "Proíbe, por exemplo, a publicidade de volta às aulas, de pagamento de IPVA. Ou seja, nós, se fizermos a adesão a esse plano tal qual está podemos entregar a chave do Estado para o Governo federal. É a negação do Estado e da autonomia federativa", salientou.

    De acordo com o titular da pasta, "é preciso dizer que nós estamos falando a respeito de um projeto de lei que foi votado na Câmara dos Deputados, foi ao Senado, e o Senado incluiu exigências e criou um plano de recuperação fiscal. Nesse plano ele colocou imposições às quais nós somos absolutamente contrários".
     
    "Entendemos que há uma crise, essa crise precisa ser tratada, mas o tempo que o projeto de lei coloca é muito grande. O projeto originalmente tratava apenas do refinanciamento das dívidas dos estados. O Senado incluiu o plano de recuperação fiscal incluindo então essas exigências que nós entendemos descabidas", complementou.
     
    De acordo com o secretário, exigências como a apresentação de um plano de desestatização de empresas mineiras, a proibição de promoções de servidores militares e civis, o impedimento de repasses de transferências voluntárias para estados e municípios e o veto a publicidades, entre outras contrapartidas, tornam a proposta ineficaz para a solução dos problemas financeiros dos estados.
     
    *Com assessoria

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