Irmão de Cachoeira também recebeu dinheiro da Delta
A Mapa Construtora, de Paulo Roberto de Almeida Ramos, o Paulinho Cachoeira, foi beneficiada com R$ 1 milho, de acordo com a Operao Monte Carlo, da Polcia Federal
247 – O irmão de Carlinhos Cachoeira também foi beneficiado pelo repasse de verbas da empreiteira Delta. É o que aponta a Folha desta terça-feira. De acordo com a Polícia Federal, a Mapa Construtora, que pertence Paulo Roberto de Almeida Ramos, o Paulinho Cachoeira, um dos 11 irmãos do empresário, obteve R$ 1 milhão entre 2010 e 2011 da Alberto e Pantoja Construções, criada só para ser destinatária de verba da Delta.
Leia na matéria de Leandro Colon e Fernando Mello, da Folha:
A empresa de um irmão do empresário Carlinhos Cachoeira também recebeu recursos da Delta, empreiteira que possui contratos milionários com órgãos públicos.
De acordo com a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a Mapa Construtora, que pertence a um irmão do empresário, obteve R$ 1 milhão entre 2010 e 2011 da Alberto e Pantoja Construções, criada só para ser destinatária de verba da Delta.
No domingo, a Folha revelou que o contador de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, que está foragido, sacou R$ 8,5 milhões da conta da Pantoja em 2010.
As relações políticas de Cachoeira serão alvo de CPI que o Congresso promete criar nos próximos dias.
Segundo a polícia, a Mapa Construtora é de Paulo Roberto de Almeida Ramos, o Paulinho Cachoeira, um dos 11 irmãos de Carlinhos.
O empresário está preso desde 29 de fevereiro sob acusação de comandar esquema de jogo ilegal.
Ontem o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região determinou sua transferência do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) para o presídio da Papuda, em Brasília.
Em decisão liminar, Fernando Tourinho Neto entendeu que o empresário não oferece riscos à sociedade ou cometeu crime hediondo, e por isso não é justificável sua permanência em uma prisão de segurança máxima.
PAC
A Delta é uma das maiores empreiteiras do país, sendo a que mais recebe dinheiro do Orçamento desde 2006, principalmente por obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Segundo a investigação, a empresa fez parte do esquema de Cachoeira.
A perícia da polícia nos extratos bancários identificou dois depósitos de R$ 534 mil da Pantoja para a Mapa.
Segundo a investigação, 99,98% do que a Pantoja recebeu no período, cerca de R$ 26,2 milhões, saíram dos cofres da Delta.
A PF não se aprofunda sobre as atividades da Mapa.
A Alberto e Pantoja não existe no endereço declarado em Brasília. No local, funciona uma oficina de lanternagem. No mesmo lugar está registrada a Brava Construções e Terraplanagem, que recebeu R$ 13 milhões da Delta.
Outras pessoas ligadas a Cachoeira também foram destinatárias desse dinheiro, entre eles o ex-cunhado Adriano Asprígio (R$ 65 mil) e o tesoureiro Geovani Silva (R$ 30 mil).
O contador de Cachoeira é apontado como o elo financeiro do grupo com políticos.
A PF tentou, sem sucesso, obter um caderno de anotações dele, onde possivelmente há o balanço sobre o destino dos recursos sacados.
Uma das linhas de apuração trata do possível uso eleitoral dos recursos.
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