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    Mãe de Cazuza rebate fala de enfermeira e nega que filho tenha virado evangélico antes da morte

    No vídeo que viralizou, Ana Maria da Costa diz ter trabalhado nos últimos meses de vida de Cazuza

    Cazuza (Foto: Divulgação)

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    247 - Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor Cazuza, desmentiu veementemente as alegações feitas por uma enfermeira sobre os últimos dias do artista. A declaração de Lucinha veio à tona após um vídeo de fevereiro deste ano, em que a enfermeira Ana Maria da Costa afirma que Cazuza teria aceitado Jesus antes de morrer, voltar a circular nas redes sociais. O cantor, que morreu em 1990 vítima de Aids, é considerado um ícone da música brasileira e da luta contra o preconceito. As informações foram originalmente divulgadas pelo Metrópoles.

    “Esse vídeo já é antigo, postaram novamente, e é mentira. Nunca aconteceu”, afirmou Lucinha, categórica, ao rebater as declarações da profissional de saúde.

    A versão da enfermeira

    No vídeo que viralizou, Ana Maria da Costa diz ter trabalhado nos últimos meses de vida de Cazuza. Segundo ela, o cantor teria pedido para que ela lesse a Bíblia e buscado uma suposta “salvação”. “Eu conheci o Cazuza em 1990, 1989 pra 90, quando uma enfermeira me chamou pra ficar com um paciente. [...] Cheguei lá, o paciente era o Cazuza”, contou.

    Ana Maria relembra que o início do convívio foi marcado por dificuldades: “Ele era muito agressivo nessa época. [...] Tinha que ter todo um cuidado, só que a nossa ‘briga’ era porque ele não dormiu; me xingou, foi uma batalha. [...] Ao mesmo tempo, ele era muito carinhoso, pediu desculpa e perguntou: ‘Aninha, você vai voltar?’”.

    Segundo a enfermeira, ao longo do tempo, a relação entre os dois teria evoluído. Ela afirma que o cantor passou a se abrir para a religiosidade: “O tempo foi passando e fui sentindo Deus falando comigo: ‘Você precisa falar de Jesus pra essa pessoa, é um ser humano que precisa conhecer a verdade do evangelho’”.

    Ela relata que, em um dos momentos de intimidade, Cazuza teria solicitado que ela lesse a Bíblia para ele. “Um belo dia, ele pediu pra eu ler a Bíblia pra ele. Fui lá e li Mateus, outros versículos também. [...] Vi ele chorando, pedindo a Deus mais tempo de vida.”

    O contraponto de Lucinha

    Lucinha Araújo, que acompanha de perto o legado do filho e preside a Sociedade Viva Cazuza, deixou claro que as afirmações da enfermeira não condizem com a realidade. Em suas palavras, essas alegações são apenas invenções que, vez ou outra, voltam a circular na internet, causando polêmicas desnecessárias.

    Apesar da negativa contundente de Lucinha, a versão de Ana Maria desperta curiosidade e alimenta discussões sobre os últimos momentos do artista. Para muitos fãs, as narrativas reforçam o impacto duradouro de Cazuza, seja como músico, ativista ou figura pública que continua provocando reflexões décadas após sua morte.

    A controvérsia destaca a importância de preservar a memória de figuras históricas, respeitando fatos e combatendo informações deturpadas.

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