Márcio Macêdo: Não é bom estabelecer 3º turno, nem antecipar 2018
O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT e ex-deputado federal Márcio Macêdo afirmou, nesta segunda (28), em entrevista à rádio 103 FM, que “não é bom para a democracia, nem para Aracaju e nem para o Estado” que a disputa política atrapalhe as gestões públicas; num claro recado à oposição, ele disse que “não é bom se estabelecer um terceiro turno em Sergipe e nem se antecipar a eleição de 2018”; ao falar da futura gestão de Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Eliane Aquino (PT), em Aracaju, o ex-parlamentar avaliou que as perspectivas são de uma “administração qualificada” e que representará o “reencontro dos aracajuanos com a esperança de um futuro melhor”
Sergipe 247 - O secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT e ex-deputado federal Márcio Macêdo afirmou, nesta segunda-feira (28), em entrevista à rádio 103 FM, que “não é bom para a democracia, nem para Aracaju e nem para o Estado” que a disputa política atrapalhe as gestões públicas. Num claro recado à oposição, ele disse que “não é bom se estabelecer um terceiro turno em Sergipe e nem se antecipar a eleição de 2018”. Ao falar da futura gestão de Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Eliane Aquino (PT), em Aracaju, o ex-parlamentar avaliou que as perspectivas são de uma “administração qualificada” e que representará o “reencontro dos aracajuanos com a esperança de um futuro melhor”.
“Não é bom para a cidade, nem para o Estado, nem para a democracia estabelecer um terceiro turno. Acho que também que não é bom já se antecipar a eleição de 2018. Ela ocorrerá na hora certa. Os campos políticos em Sergipe estão bastante delimitados, está muito claro para população os projetos que irão disputar o pleito de 2018. Então, é hora dos prefeitos da capital e do interior se concentrarem na gestão. São tempos difíceis, com poucos recursos, com uma crise nacional e um modelo em curso no país contra a municipalidade, que desfavorece o trabalhador e as gestões públicas, com a criminalização da política”, disse.
Ao comentar a eleição de Aracaju, Márcio Macêdo destacou o que representou a vitória de Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Eliane Aquino (PT), futuros prefeito e vice-prefeita da capital. “A candidatura de Edvaldo e Eliane representou o reencontro dos aracajuanos com o passado, com o projeto iniciado por Marcelo Déda, que foi bem sucedido; representou também a responsabilidade com o presente e a perspectiva de mudanças completa para o futuro. A população enxergou, na experiência administrativa bem sucedida de Edvaldo, um prefeito empreendedor, realizador e com capacidade para fazer no futuro. A presença do PT, com a vice Eliane Aquino, representou a renovação na política. Ela cumpriu um papel importante, trazendo de volta o legado de Déda para Aracaju”, avaliou.
Unidade
Para o dirigente petista, um conjunto de fatores contribuiu para o sucesso eleitoral na capital, incluindo aí a capacidade conciliadora de Edvaldo, a força do PT com a presença de Eliane, e o engajamento do governador Jackson Barreto e dos partidos aliados, que se uniram em torno do projeto.
“Foi um combinação que encantou os aracajuanos e enfrentou o projeto que se constituiu no outro lado, numa aliança muito forte de direita, conservadora e atrasada. O governador cumpriu um papel muito importante, mobilizando o grupo que ele lidera. JB liderou um processo de rua muito consistente. Os aliados cumpriram um papel significativo, houve união e consenso em torno da candidatura de Edvaldo e Eliane. Edvaldo conduziu, de forma muito equilibrada e conciliadora, incluindo todos os partidos. A população compreendeu e a cidade se encontrou novamente com a esperança e perspectiva de futuro melhor”, ponderou.
PT
Questionado pelo radialista George Magalhães a respeito do desempenho do PT em Sergipe no último pleito, Márcio Macêdo afirmou que houve um encolhimento do partido. “Não estou aqui para apontar culpados, mas fazer uma constatação. O PT diminuiu o número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em Sergipe. Já chegamos a ter oito prefeitos, desta vez elegemos três. Já tivemos 12 vice-prefeitos, agora serão cinco. Já tivemos 67 vereadores, a partir do próximo ano serão 34. Então, é preciso rediscutir o partido, não tem espaço para arrogância. Quero paz, não quero guerra. Defendo a unidade. O PT tem que construir coletivamente”, disse.
Ao ser perguntado por um ouvinte se alguém do PT já há espaço assegurado na chapa majoritária para 2018, o ex-deputado afirmou que “não tem vaga assegurada para ninguém”. “É natural que já existam nomes colocados, mas este debate será feito pela militância do partido nas instâncias adequadas”, disse. Questionado ainda se o PT tem dono em Sergipe, Márcio respondeu que esta não é a característica do partido. “Se tem gente querendo ser dono do PT não conte comigo. O PT não tem característica para ter dono. O PT tem militância e tem líderes”, afirmou.
Márcio defendeu uma renovação tanto nas direções municipais e estaduais como na direção nacional do partido. “É necessário sacudir o PT de cima para baixo e de baixo para cima. Temos que fazer a autocrítica adequada, reconhecer os erros e mostrar para o povo brasileiro aquilo que acertamos. Precisamos fazer uma reflexão, uma discussão completa. Em momentos de crise como esse que o PT enfrenta no Brasil, não tem saída individual. A construção deve ser coletiva”, ressaltou.
Governo Temer
O secretário de Finanças do PT se disse ainda “muito preocupado” com a situação política e econômica do país. “Um presidente da República chamar uma coletiva num domingo, como ocorreu ontem, colocar ao seu lado os presidentes do Senado e da Câmara, e ao final da entrevista se ter a sensação de que ele não tinha nada a dizer, dá para perceber o tamanho da crise. Vivemos um momento de instabilidade política e econômica, recessão e depressão no país, uma insegurança absurda”, afirmou.
Para Márcio Macêdo, Michel Temer lidera um “governo moribundo”, situação esta que se agravou, segundo o dirigente do PT, com as denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que acusou o presidente da República de tentar influenciar uma decisão de um órgão técnico para favorecer aliados. “Acho que se continuar estas crises sucessivas, denúncias de corrupção e descontrole na economia, pode ocorrer um processo de queda do presidente e uma eleição indireta. O Governo Temer está muito fragilizado e não tem apoio das ruas”, disse.
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