Metrô e Anel não terão investimentos em 2017
A ampliação do metrô de Belo Horizonte e a revitalização do Anel Rodoviário começam 2017 engavetadas e sem perspectivas de avanço, seis anos depois de serem incluídas no Orçamento federal; o metrô está há dois anos parado e depende de negociação entre os governos federal e estadual sobre a gestão dos trilhos na capital; o Anel está travado por disputas judiciais que envolvem desocupações às margens da rodovia e pela falta de recursos
Minas 247 - A ampliação do metrô de Belo Horizonte e a revitalização do Anel Rodoviário começam 2017 engavetadas e sem perspectivas de avanço, seis anos depois de serem incluídas no Orçamento federal. O metrô está há dois anos parado e depende de negociação entre os governos federal e estadual sobre a gestão dos trilhos na capital. O Anel está travado por disputas judiciais que envolvem desocupações às margens da rodovia e pela falta de recursos.
O governador de Minas, Fernando Pimentel, admitiu que a situação do metrô é “complicada” e dificilmente terá solução nos próximos dois anos. Segundo o chefe do executivo, as negociações estão emperradas com a União e, desde março, o governo mineiro aguarda resposta sobre uma possível transferência da gestão do metrô para a administração estadual.
“Fizemos um ofício em março de 2016 propondo que a MetroMinas assumisse a gestão do metrô. Pedimos que durante algum tempo a folha da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) fosse paga pela União, como acontece normalmente. Eles não nos responderam. Se tivéssemos assumido, iríamos buscar sócios internacionais para fazer a ampliação da linha. Mas a questão está em aberto e não temos o que fazer a não ser esperar que o governo federal defina o caminho”, disse Pimentel, durante entrevista ao Estado de Minas.
Ao comentar sobre o Anel Rodoviário, Pimentel afirmou que uma possível solução para o trecho viário mais movimentado do estado seria incluir as obras no acordo de concessão feito pela União. De acordo com o governador, "para o Anel existe um caminho, o que nos dá alguma esperança. Como ele está dentro da concessão da BR-040, o governo federal está negociando com a concessionária a inclusão das obras de melhoria no trecho que vai da saída para o Rio de Janeiro até a saída para Brasília".
"É uma discussão que acontece na capital federal e esperamos muito que tenha um resultado positivo. As obras nesse trecho resolveriam pelo menos uma metade do problema, que é a revitalização o intervalo da rodovia onde acontecem a maioria dos acidentes", complementou.
A concessionária Via 040, responsável pela gestão da rodovia desde 2014, informou que as obras de expansão no anel não estão no contrato firmado com a União. “É importante destacar que cabe à Via 040 a gestão do sistema viário do Anel Rodoviário, o que inclui serviços de recuperação, manutenção e conservação do pavimento e da sinalização. Obras de expansão da capacidade das pistas e de duplicação de pontes e viadutos não estão previstas no contrato de concessão firmado junto ao Poder Concedente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres”, diz em nota.
A Justiça Federal determinou, em 2014, que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) definissem um calendário para as obras. Os órgãos se comprometeram a acelerar o processo de desocupações e entregar os projetos executivos.
Desde o segundo semestre do ano passado, no entanto, as desocupações estão suspensas e não há previsão para o início das obras. Parlamentares mineiros cobraram a liberação de verba do Ministério dos Transportes para o Anel, mas a pasta informou que fará um levantamento interno para checar se existem projetos já finalizados e viáveis
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