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    Minas lança plano de sustentabilidade das copas

    Projeto identifica ações para mitigação e compensação das emissões de Gases de Efeito Estufa geradas durante a Copa das Confederações e do Mundo, em 2013 e 2014

    Minas lança plano de sustentabilidade das copas (Foto: RENATO COBUCCI/IMPRENSA-MG-39150)
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    Agência Minas - Com o lançamento do Plano de Redução e Compensação das Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) durante o encontro Semana do Meio Ambiente 2013 – Copa Sustentável, realizado, nesta quarta-feira (5), no Sesc Palladium, em BH, Minas Gerais deu mais um passo rumo à realização de uma Copa sustentável. O plano, elaborado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, identifica ações para mitigação e compensação das emissões de GEE geradas com a realização das competições de 2013 e 2014.

    Entre as propostas de compensação estão compras públicas de baixo carbono, gestão de resíduos, redução do impacto do dióxido de carbono liberado nas atividades realizadas pelos espectadores e parceria com a Fifa para a entrega de produtos e "processos verdes" por parte dos fornecedores oficiais do evento.

    O plano contempla, ainda, mecanismos de compensação de emissões, como reduções certificadas de emissões no âmbito do Protocolo de Quioto e de mercados voluntários internacionalmente reconhecidos.

    O estudo considerou as estimativas de emissões de GEE apresentadas em 2012 no "Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa", elaborado pelo Governo de Minas. Segundo o relatório, as copas de 2013 e 2014 vão lançar, em Minas, 804.396 mil toneladas de GEE, o correspondente a 25% do total emitido anualmente pela capital mineira (3,7 milhões de toneladas de carbono). Do total, 76% (804 mil toneladas) são provenientes dos deslocamentos de avião, hospedagem e alimentação dos turistas. Das 804 mil toneladas de carbono, "Infraestrutura" é a segunda maior categoria de emissões (16%), seguida por "Estádios" (5%) e "Operações" (3%). A categoria infraestrutura reúne emissões de GEE provenientes dos centros de treinamento, rodovias, BRT e aeroportos.

    Ainda de acordo com o relatório, quase 80 (9%) das 804 mil toneladas de GEE emitidas durante as copas são de responsabilidade direta de Minas Gerais. Mais da metade (57%) desse total (80 mil toneladas) tiveram origem na reforma do Mineirão, que adotou medidas sustentáveis desde o início da obra, em 2010.

    Em busca da certificação Leed, uma espécie de selo verde, no Mineirão, cerca de 90% dos resíduos sólidos foram reaproveitados; as cadeiras antigas foram doadas para diversos estádios de Minas, a grama e a terra foram reutilizadas, a madeira das árvores suprimidas foi doada a artesãos, dentre outras iniciativas.

    Além disso, foi inaugurada, no mês de maio, a usina solar na nova cobertura do Mineirão, a primeira dos estádios da Copa de 2014. Ela é capaz de produzir energia suficiente para atender 900 residências de médio porte. O estádio também conta com um reservatório de água de chuva de 6 milhões de litros de água, capaz de abastecer o estádio por três meses.

    Essas medidas do Mineirão contribuem para reduzir o impacto ambiental da Copa, mas o plano lançado nesta quarta-feira (5) propõe mais ações já para 2013. Uma delas é a exigência de que a contratação das estruturas temporárias para o entorno do estádio e Fan Fest tenham requisitos de sustentabilidade, como lâmpadas com eficiência energética, instalações sanitárias que economizem água, uso de madeira certificada, tintas e adesivos à base de água e de baixa emissão de Composto Orgânico Volátil (COV), redução das áreas de ar condicionado, realização de coleta seletiva e reciclagem de resíduos gerados.

    Já em nível nacional, para tratamento das emissões de GEE existe a proposta de pagamento por serviços ambientais, como programas de reflorestamento, parcerias para projetos de compensação ambiental em andamento ou em elaboração, ou, a exemplo da Rio +20, contribuições financeiras de pessoas físicas e jurídicas para execução de projetos de compensação de emissões, já que o maior volume emitido provém dos espectadores.

    "O pioneirismo de Minas Gerais ao lançar o plano vai contribuir para uma Copa mais verde em nosso Estado, mas também vai servir de base para estudos do governo federal e de outras cidades-sede do Mundial de 2014", destacou o secretário de Estado Extraordinário da Copa, Tiago Lacerda.

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