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    Mulher que denunciou Felipe Prior por estupro fala pela 1ª vez na TV sobre violência: quanto mais eu negava, mais era agressivo

    Prior é réu em outro processo e investigado em mais dois pelo mesmo delito (alerta de gatilho)

    (Foto: Reprodução Instagram))

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    247 - A vítima do de Felipe Prior quebrou o silêncio e relembrou na edição deste domingo do Fantástico a noite em que foi estuprada pelo ex-BBB. De acordo com a mulher, que não expôs sua identidade, tudo ocorreu em 2014, após ela estar em uma mesma festa que o arquiteto e aceitar uma carona dele. 

    “E quando a gente estava indo sentido à minha casa, ele parou o carro no meio da rua, desafivelou o cinto, começou a me beijar. E aí ele foi pro banco de trás e me puxou, começou a tirar a minha roupa. E, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo”, relata. 

    "Eu falei: 'Felipe, eu não quero, não quero'. Eu comecei a tentar resistir fisicamente, e ele começou a puxar meu cabelo. Começou a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito... Ele começou a falar pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era a hora de falar 'não'. E começou a forçar a penetração.

    "Quantas vezes eu preciso falar 'não' pra pessoa entender que ela está me machucando? Que ela está me violentando? E ele é muito mais forte do que eu. Então não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso, eu gritei, começou a sair muito sangue", continuou a vítima.

    O sangue acabou sendo o que forçou o ex-BBB a parar, de acordo com ela. "Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Ele perguntou se eu queria ir pro hospital, eu falei que não, que eu só queria ir pra minha casa."

    "Quando eu cheguei na minha casa, eu fui direto pro banheiro. Fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar. Ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou: 'A gente vai pro hospital'."

    "O Felipe, no dia seguinte, me mandou uma mensagem perguntando como eu estava. E eu falei que estava machucada, que tinha feito uma ferida, e pedi pra ele não contar pra ninguém. E eu estava com medo de ele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação. Não queria que as pessoas me vissem e me enxergassem e pensassem nisso, sabe?"

    "Eu não me via como vítima. Eu fui escondendo isso de mim mesma, fui evitando lidar com essa situação. Eu achava que eu ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente, como se nada tivesse acontecido. Mas isso não aconteceu. Eu tive crises de pânico, crises de ansiedade, agravaram muito mais a minha situação psicológica", admitiu a mulher de 31 anos.

    Prior, condenado a seis anos de prisão em primeira instância em regime semiaberto, alegou inocência.    

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