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    Novo delator menciona propina a Janene e Negromonte

    Ex-presidente da petroquímica Unipar Carbocloro, Frank Geyer Abubakir, que fez acordo de delação com o Ministério Público Federal, afirmou ter pago R$ 18 milhões em propina para o ex-deputado José Janene, que morreu em 2010, e para o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ambos do PP; repasse teria ocorrido após a criação da petroquímica Quattor, fundada em 2008 a partir de uma sociedade entre a Unipar e a Petrobras

    Ex-presidente da petroquímica Unipar Carbocloro, Frank Geyer Abubakir, que fez acordo de delação com o Ministério Público Federal, afirmou ter pago R$ 18 milhões em propina para o ex-deputado José Janene, que morreu em 2010, e para o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ambos do PP; repasse teria ocorrido após a criação da petroquímica Quattor, fundada em 2008 a partir de uma sociedade entre a Unipar e a Petrobras (Foto: Aquiles Lins)
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    Bahia 247 - O ex-presidente e acionista da petroquímica Unipar Carbocloro, Frank Geyer Abubakir, novo delator da Operação Lava Jato, afirmou ao Ministério Público Federal ter pago R$ 18 milhões em propina para o ex-deputado José Janene, que morreu em 2010, e para o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ambos do PP. 

    Segundo reportagem da FOlha de S. Paulo deste sábado, 6, repasse teria ocorrido após a criação da petroquímica Quattor, fundada em 2008 a partir de uma sociedade entre a Unipar e a Petrobras.

    Ao MPF, Abubakir contou que procurou Negromonte e Janene para ajudá-lo a "manter a Unipar no mercado". O movimento se deu depois que a Petrobras comprou a petroquímica Suzano, concorrente da Unipar Carbocloro à época. Janene teria pedido R$ 18 milhões pelo "suposto fato de o PP e de ele próprio terem dado apoio político à empresa Unipar".  Em 2010, a Unipar vendeu sua participação na Quattor à Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

    O empresário afirmou que, a partir de então, começou a ser alvo de chantagem do então deputado. "Sentindo-se pressionado, o depoente repassou os R$ 18 milhões, por meio da Ceema (Construções e Meio Ambiente Ltda)".

    Abubakir também mencionou o ex-ministro Antônio Palocci em sua delação. A Unipar e a Projeto Consultoria Empresarial, do ex-ministro, tiveram contratos entre 2008 e 2014, que totalizaram R$ 2,8 milhões.

    O empresário disse que o serviço foi efetivamente prestado, com apresentação de relatórios à Unipar. Abubakir disse que a consultoria consistia em orientações sobre "cenários político e econômico [...]", com "fornecimentos de informações sobre determinados rumos da economia, como siderúrgico, sucroalcooleiro, reflorestamento e de energia eólica".

     

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