Para Campos, governo ter 39 ministérios "é demais"
O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, voltou a criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) ao dizer que o maior problema dos ministérios não é o número – hoje são 39 –, mas a “falta de política pública”; ele também disse que o baixo crescimento econômico ameaça as conquistas sociais dos últimos anos e anunciou que irá reduzir a quantidade de secretarias no Governo do Estado, que hoje chegam a 29; sobre a possibilidade de Marina Silva vir a encabeçar uma chapa presidencial pelo PSB, ele foi taxativo: “Se a Marina quisesse ser candidata de qualquer jeito, ela tinha o PPS"
Pernambuco247 - O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, voltou a criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) ao dizer que o maior problema dos ministérios não é o número, embora considere que haja um excesso na quantidade – hoje são 39 – mas a “falta de política pública”. O governador também disse que o baixo crescimento econômico é uma ameaça as conquistas sociais obtidas nos últimos anos. Juntamente com as declarações feitas durante entrevista ao Programa do Jô, Campos também anunciou que irá reduzir a quantidade de secretarias em atividade no Governo do Estado. Sobre o fato da ex-senadora Marina Silva, recém filiada ao PSB, possuir índices de pesquisas eleitorais superiores aos seus, Campos foi taxativo: “Se a Marina quisesse ser candidata de qualquer jeito, ela tinha o PPS”, disparou.
Para o governador, o número de 39 ministérios do governo Dilma “é demais. Mas o mais grave é não ter política pública definida, é ficar dependendo de quem vai pra lá. As ruas pedem um serviço público mais inteligente”, afirmou. Questionado sobre as 29 secretarias que mantém na administração estadual pernambucana, Campos disse que também acha elevada a quantidade. “É muito. Nos próximos dias vamos reduzir”, assegurou. Ele disse, ainda, que apesar do alto número de pastas estaduais, não houve aumento de despesas com cargos comissionados, que segundo ele foram cortados em um terço desde o início da sua gestão.
“Fizemos um modelo de gestão que prevê a participação da sociedade e, ao mesmo tempo, o monitoramento de metas, resultados e tendo remuneração variável em vários setores”, ressaltou. Segundo ele, o modelo adotado em Pernambuco funcionou “porque tinha política pública pensada para cada área dessas. Não depende da pessoa”. Segundo ele, esta situação não acontece no Governo Federal, junto aos ministérios.
Na entrevista ao apresentador, Campos também defendeu uma reforma do Judiciário, com o fim de cargos vitalícios naquele Poder, e voltou a criticar o baixo crescimento da economia. “Não podemos deixar este crescimento medíocre destruir empregos, acabar com o que conquistamos”, disse. Ele também declarou que já passou o tempo do modelo de levar o País “na barriga” e que é necessário estar em alerta permanente para evitar a volta da inflação e a perda das conquistas sociais.
“Estamos numa encruzilhada. Ou a gente vai fazer o dever de casa, pensar a próxima década e cuidar do que construímos nos últimos anos, ou a gente vai assistir a muitos que foram incluídos descerem as poucas escadas que subiram. E vão descer de forma muito brusca, vão para uma situação pior que antes”, analisou.
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