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    PIB pode aumentar até 2,3%, se o Brasil triplicar vagas em ensino técnico, mostra estudo

    De acordo com o Insper, somente 8% dos jovens que terminam o ensino médio cursaram a modalidade de ensino profissionalizante

    (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

    247 - O estudo "Potenciais efeitos macroeconômicos com a expansão da oferta pública de ensino médio técnico no Brasil", feito pelo Insper, mostrou nesta terça-feira (11) que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode aumentar até 2,32% caso o País consiga triplicar o número de jovens matriculados no ensino técnico. A pesquisa foi realizada com apoio do Itaú Educação e Trabalho. De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, apenas 8% dos jovens que terminam o ensino médio cursaram a modalidade de ensino profissionalizante. A média entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 32% dos concluintes.

    A população trabalhadora no Brasil é formada principalmente por pessoas que têm o ensino médio completo ou incompleto como sendo o maior nível de escolaridade. Elas representam quase 80% dos trabalhadores de 24 a 65 anos. Segundo o estudo, profissionais com ensino médio técnico ganham, em média, 32% a mais em comparação com as pessoas de ensino médio tradicional. Eles têm maior chance de empregabilidade. A taxa de desemprego desse grupo é de 7,2%, enquanto entre os que têm somente ensino médio, de 10,2%.

    "O ensino técnico é mais caro do que o regular, por isso, o estudo se propôs a avaliar se o investimento nessa modalidade pode trazer benefícios para toda a sociedade", afirma o economista Sérgio Firpo, um dos responsáveis pela pesquisa. "Os dados indicam que sim".

    "Com mais concluintes no ensino técnico, teremos mais indivíduos com melhores chances de empregabilidade, salários mais altos e, consequentemente, maior poder de consumo. O que se reflete positivamente no PIB", conclui o pesquisador, que é também secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, no Ministério do Planejamento e Orçamento.

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