Projeto FBC deve voltar à pauta de Campos
A celeuma instalada no PT do Recife após a tumultuada eleição interna no último domingo (20) pode gerar ainda mais prejuízos para o partido; o governador Eduardo Campos (PSB), cansado da instabilidade da legenda aliada, estudaria lançar o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB/Integração) como o seu candidato na sucessão recifense
PE247 - O grande imbróglio em que se transformou as prévias petistas para a escolha do candidato do partido na sucessão do Recife pode reascender um antigo projeto que já balançou a Frente Popular de Pernambuco: a postulação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Na semana passada, antes de toda a confusão que resultou na vitória do atual prefeito João da Costa, interlocutores do governador Eduardo Campos, que preside nacionalmente o PSB, indicaram que o gestor estaria disposto a retomar o “projeto FBC”, caso o seu secretário de Governo, Maurício Rands, perdesse a disputa. E, como a derrota do auxiliar veio em meio a uma série denúncias de irregularidades no pleito, com direito a guerra de liminares na Justiça pernambucana e resultado sub judice, o socialista estaria ainda mais inclinado a convocar o correligionário para essa briga.
Entretanto, Eduardo Campos deve esperar o anúncio oficial do vencedor das prévias do PT no Recife ou mesmo a sua anulação por parte do comando nacional do partido aliado. O socialista já deixou claro que não vai se manifestar e, nem muito menos, se colocar como fiador até que os próprios petistas resolvam suas questões internas. Campos, que já não aprovara o modelo escolhido pelo PT para a escolha do candidato, deve se afastar desse complicado processo.
Em outubro ano passado, o PSB estadual divulgou nota revelando que o ministro FBC transferiu seu domicílio eleitoral de Petrolina para o Recife com o objetivo de ser uma opção dentro da Frente Popular de Pernambuco para a sucessão do Recife. Na oportunidade, Bezerra Coelho ensaiou uma série de críticas à gestão do prefeito João da Costa e atestou que a capital pernambucana precisava de um modelo de administração parecido ao implantado pelo governador Eduardo Campos no Estado.
Nos bastidores do Palácio do Campo das Princesas – sede do governo pernambucano, sempre foi recorrente o comentário de que Eduardo Campos não aprovaria a gestão do prefeito João da Costa. Interlocutores do governador chegavam a projetar a procura de uma via alternativa no caso do gestor municipal não reverte-se os altos índices de rejeição pessoal e de sua administração. Maurício Rands, para alguns eduardistas, foi visto como uma saída para mudar esse quadro sem romper oficialmente com o PT, com o qual Eduardo tem aliança nacional. FBC seria uma alternativa mais dura, porém com o efeito esperado por alguns simpáticos ao socialista
Alternativos
Na esteira da posição do governador, está o bloco comandado pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB). Os chamados alternativos da Frente Popular aguardam por uma posição oficial de Eduardo Campos, para apoiar uma eventual candidatura de Fernando Bezerra Coelho à Prefeitura do Recife ou mesmo lançar uma candidatura própria. Neste segundo caso, o grupo - formado por PTB, PRB, PSC, PDT e PP – estuda a possibilidade de se encaminhar para o pleito municipal com o próprio senador Armando Neto na cabeça de chapa majoritária. Outras opções seriam a candidatura do deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) ou as postulações dos deputados federais Eduardo da Fonte (PP), Carlos Eduardo Cadoca (PSC) ou Paulo Rubem Santiago (PDT).
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