“Prostituta”, “beber cuspe” e agressões físicas”: o dia a dia de um calouro de medicina na UNISA
A mensalidade no primeiro ano de curso de medicina custa a partir de R$ 10.821 no Campus Interlagos e a partir de R$ 9.400 no Campus Guarulhos
247 - Alunos de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, que possui mensalidade que atinge quase 11 mil reais mensais, causaram revolta nacional após um vídeo viralizar em que os jovens fazem uma “masturbação coletiva”, nus, durante uma partida de vôlei feminino, em uma competição esportiva entre universidades realizada em abril deste ano. >>> Exclusivo: humilhações contra bolsistas, punhetaços generalizados e homens nus são corriqueiros nos jogos de medicina (vídeos)
No entanto, apesar do fato gerar revolta, não é isolado. Reportagem do jornal O Globo revela que “esta não é a primeira vez que o curso de medicina da Unisa é motivo de polêmica. O curso tem um histórico de trotes violentos que envolvem relatos de assédio e datam de pelo menos 18 anos”.
A reportagem destaca que o ambiente além de agressivo e hostil com calouros, é misógino, com simulações de sexo oral e xingamentos de “prostituta”. Homens precisam raspar o cabelo e mulheres não podem usar acessórios ou roupas decotadas. Há relatos de agressões e de calouros que foram obrigados pelos veteranos a “beber cuspe” e a “comer catarro”.
De acordo com as apurações, o ambiente se torna insustentável para quem diz não aos veteranos. Quem não aceita as imposições acaba sendo excluído dentro e fora da faculdade, nas aulas, festas e até mesmo no período de residência, nas indicações para plantões e empregos.
Em notas em campanhas on-line, a instituição rechaça a prática.
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