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    Racha no PCB tem expulsão de Jones Manoel e de ex-candidato a presidente (vídeos)

    Os assuntos que geram discordâncias vão do posicionamento sobre a guerra da Ucrânia à postura sobre o governo Lula

    Jones Manoel (Foto: Arquivo pessoal)

    247 - Integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) vivem um racha interno que terminou com a expulsão do historiador Jones Manoel e do ex-candidato a presidente da República Ivan Pinheiro. Os assuntos que geram discordâncias vão do posicionamento sobre a guerra da Ucrânia à postura crítica sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (2) na coluna Painel. O PCB é um dos descendentes do PCB, que teve entre seus membros os revolucionários Luís Carlos Prestes e Carlos Marighella.

    Em nota assinada pelo secretário-geral Edmilson Costa, o PCB afirmou que um "pequeno grupo" com "limitada ação na realidade concreta da luta de classes contrasta com a farta presença nas redes virtuais". "O grupo expõe a vida interna de um partido revolucionário indiscriminadamente, sem dar a mínima se e como nossos inimigos vão se aproveitar dessas informações", disse. 

    "A quem interessa, em lives e redes virtuais, informar procedimentos da estrutura interna do PCB e realizar narrativa mentirosa contra a direção do Partido? Quais os objetivos de um grupo que se organiza ao arrepio de nossa forma organizativa, constituindo aparelhos próprios, meios próprios de comunicação, figuras públicas próprias? Aonde leva o processo de disputa, por fora das instâncias partidárias, de sua estrutura e de seus militantes?", questionou.

    Nas redes, Manoel afirmou que há uma lista de "expulsões prontas com mais de 30 nomes para serem botados para fora". De acordo com o historiador Jones Manoel, o grupo no poder está fazendo "uma manobra administrativa de caráter político, para mudar a linha política do partido, promovendo tanto no âmbito da política interna como da internacional um giro à direita no partido e o abandono de linha política marxista-leninista". "É é algo que vai ser rapidamente solucionado e resolvido voltando a lutar para aprofundar sua reconstrução revolucionária", diz ele, que tentará reverter a decisão", disse.

    Ivan Pinheiro criticou "um grupo de oportunistas". "Me expulsaram ontem à noite não daquele partido que entrei em 1975 e muito menos daquele partido que em 1992 eu contribuí para evitar que morresse", disse ele, que disputou a Presidência em 2010.

    Sofia Manzano afirmou que as pessoas na lista de expulsão queriam impor à força seus posicionamentos. "Essa guerra de narrativas expressa um movimento interno de um grupo que foi amplamente derrotado no congresso [do partido] mas que quer na construção das narrativas promover um golpe no processo que foi legitimamente e democraticamente constituído", disse.


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