Requião dispara contra PT, PSB, PSDB e até PMDB
Senador paranaense Roberto Requião (PMDB) desqualificou as potenciais candidaturas do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), - a quem disse “estar à direita da presidente Dilma Rousseff, portanto, é pior para o Brasil” -, e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) – a quem acusou de apoiar o “capital vazio” e “especulativo”; saraivada de críticas não poupou nem mesmo os correligionários; PMDB está pendurado ao PT, poderia estar discutindo política e propostas, disse; “Mas tudo está pendurado ao desejo do Michel Temer em continuar vice-presidente”, disparou
Pernambuco 247 - O senador paranaense Roberto Requião (PMDB) não teve papas na língua a comentara o atual cenário pré-eleitoral. De forma taxativa, Requião desqualificou as potenciais candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), - a quem disse “estar à direita da presidente Dilma Rousseff (PT),portanto é pior para o Brasil” -, e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) – a quem acusou de apoiar o “capital vazio” e “especulativo”. A saraivada de críticas não poupou nem mesmo os correligionários. PMDB está pendurado ao PT, poderia estar discutindo politica propostas. “Mas tudo está pendurado ao desejo do Temer [Michel Temer] de continuar vice-presidente”, disparou.
De acordo com Requião, os governos do PT tiveram erros e acertos, mas é necessário uma mudança de rumo para alavancar o crescimento do País. “Sinto falta de propostas concertas para corrigir os rumos do Brasil. O governo Dilma tem acertos, mas também não corrigiu erros antigos. Por exemplo, na: década de 80 o Brasil produzia industrialmente mais que a Malásia, China, que a Índia... e hoje é menos de 15%. O agronegócio tem sustentado a economia, mas não é tudo. O capital deve ajudar o desenvolvimento e o crescimento da humanidade, mas não pode governá-la. O capital está governando o governo da Dilma e do PT”, afirmou em entrevista à Rádio JC News, nesta quarta-feira (5).
Dizendo sentir falta de um projeto para o Brasil, o senador avaliou que as pré-candidaturas do PSB e do PSDB não possuem força para mudar o quadro atual. “Vejo Aécio e Campos e o que eles dizem? Estão propondo uma volta neoliberal de direita, que é exatamente onde localizo os erros do atual governo. Faltam candidaturas propositivas. Acho que a política de crescimento da qualidade de vida incentivada pelo consumo fracassou. Não diria que o tempo do PT acabou, mas tem que se reciclar. A Cúpula do PT está num desvio, submetendo-se ao domínio do capital vazio, especulativo”, afirmou.
“Campos poderia ter apresentado propostas mais positivas. Me perdoe Eduardo Campos, mas eu vejo ele à direita da Dilma, portanto pior para o Brasil. A preocupação com o Brasil Nação não apareceu. Campos devia deitar na cama e refletir o que faria meu velho amigo Miguel Arraes [ex-governador de Pernambuco e avô de Campos, já falecido] nestas circunstâncias. Aí teríamos um candidato à Presidência”, ponderou. Sobre o tucano Aécio Neves, Requião disse que o senador mineiro critica apena o lhe convém. “O Aécio faz a crítica de tudo aquilo que vejo de positivo na politica social do PT e apoia tudo aquilo que considero erros, como o capital vazio, que não produz um botão sequer”, avaliou.
Requião foi mais além e afirmou ter a impressão de que ambos estariam esperando apenas o apoio da mídia para marcarem em definitivo suas posições. “A impressão que tenho é que todos eles estão esperando o apoio da Rede Globo. Esperam que a Globo abandone o governo, ao qual ao mesmo tempo em que critica também apoia esta política entreguista do Governo Federal. Eles estão esperando um aceno da Globo. Tanto Campos como Aécio Neves”, declarou.
Sobre o clima eleitoral no Paraná – estado que governou em três ocasiões – Requião bateu duramente na administração do governador Beto Richa (PSDB) ao dizer que ele quebrou o estado. “Richa quebrou o estado. Não tem combustível para as viaturas da Polícia Militar. Há 6 meses os fornecedores não recebem. Mas ele continua gastando fortuna em publicidade, R$ 600 milhões. É falta de experiência com a tradicional dose de corrupção”, acusou.
Sobre a pré-candidatura da ex-ministra chefe da Casa Civil e senadora Gleisi Hoffman (PT) ao Governo do Estado, Requião afirmou que o projeto já nasceu “desidratado”. “Gleisi fez campanha esperta ao Senado. Me lembro daquele sujeito que era tão esperto que a esperteza o engoliu. Aqui ela fez composição com o PMDB e foi minha parceria na chapa para o Senado. Fechamos com ela e com Dilma, com lealdade. Já Gleisi dobrou com o Ricardo Barros e o Gustavo Fruet, do PSDB, e a chapa deles era a do José Serra e do Beto Richa, ambos do PSDB. Eles brigaram e então a Gleisi passou a ser uma espécie de candidata única. Teve mais de 3 milhões de votos. Em compensação, a Dilma teve 1 milhão de votos a menos que ela e perdeu feio para o Serra no Paraná. Isto (alianças assim) não são mais admissíveis. A candidatura da Gleisi desidratou. Qualquer pesquisa aponta ela com 1/3 ou menos dos votos que teve para o Senado”, disparou. Segundo ele, caso o PMDB não lance candidatura própria, Richa deverá ganhar a eleição “sem muito esforço”.
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