Salvador, cidade-sede da falta de mobilidade urbana
Salvador ganhou título de pior desempenho em mobilidade entre as seis cidades-sede da Copa das Confederações; relatório do Observatório da Mobilidade Urbana da Copa aponta que a capital baiana não conseguiu dar tratamento diferenciado ao transporte público em detrimento dos automóveis particulares; falta de obras de mobilidade e infraestrutura também contribuíram para o insucesso; Brasília, Recife e Fortaleza tiveram desempenho "satisfatório", enquanto Belo Horizonte e Rio de Janeiro, "bom"
Bahia 247
Salvador ganhou o título de pior desempenho em mobilidade entre as seis cidades-sede da Copa das Confederações 2013, encerrada no último dia 30. Informação foi confirmada por relatório preliminar do Observatório da Mobilidade Urbana Copa das Confederações, apresentado ontem em São Paulo no Seminário Nacional NTU 2013 & Transpúblico, evento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
De acordo com André Dantas, diretor técnico da NTU, a associação observou as operações de trânsito em transporte nas seis cidades-sede (Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro) em uma das partidas realizadas em cada uma delas. Na capital baiana, o desempenho foi considerado "razoável", numa escala que passa por "péssimo, razoável, satisfatório, bom e excelente".
O relatório aponta que Salvador não conseguiu dar tratamento diferenciado ao transporte público em detrimento dos automóveis particulares. Além disso, a falta de obras de mobilidade urbana e infraestrutura na cidade também contribuíram para a nota abaixo das demais cidades. Brasília, Recife e Fortaleza tiveram desempenho considerado satisfatório, enquanto Belo Horizonte e Rio de Janeiro, bom.
A coordenadora de mobilidade na Copa das Confederações em Salvador, Grace Gomes, diretora de Mobilidade Urbana e Interurbana da Secopa/Bahia, discordou do relatório da NTU. Grace acrescentou que foram utilizados os melhores veículos e profissionais nas operações. Ela atribuiu possíveis problemas à geografia da cidade e às manifestações no dia dos jogos.
No entanto, a coordenadora baiana reconheceu que a indecisão na escolha entre BRT e metrô atrasou os planos de mobilidade. "Não tivemos metrô nem BRT na Copa das Confederações e não acredito que teremos para a Copa do Mundo", afirmou Grace em entrevista ao jornal Correio. Ela não soube dizer quais alternativas estão sendo pensadas para substituir os modais, mas disse que acredita que o transporte rodoviário possa suprir a demanda.
Questionada sobre a qualidade do transporte fora dos eventos da Fifa, Grace declarou que quer trabalhar junto com a prefeitura para que "a mobilidade urbana de Salvador tenha o padrão Fifa".
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