Senadora critica barreiras comerciais argentinas

Agência Senado - Em discurso nesta segunda-feira (11), a senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que barreiras comerciais impostas pela Argentina vêm prejudicando de maneira acentuada as exportações brasileiras àquele país, principalmente de empresas do Rio Grande do Sul. Ela cobrou do governo brasileiro ações contra esses mecanismos e mais atenção para a importância do Mercosul.

Ana Amélia informou que a sessão do Parlamento do Mercosul (Parlasul) prevista para esta semana em Montevidéu, capital do Uruguai, foi suspensa, pois Argentina e Paraguai comunicaram que não iriam participar do encontro. Para a senadora, esse fato mostra a fragilidade do bloco econômico atualmente.

Um dos motivos dessa fragilidade, na interpretação da senadora, é a prática argentina de impor sucessivas barreiras comerciais, principalmente contra produtos brasileiros.

- Em 2012, houve uma queda de 15% das exportações brasileiras para o Mercosul. A ausência de compromisso com o Mercosul por parte da Argentina, principal parceiro comercial do bloco, é uma demonstração cristalina, recorrente, do descaso dos principais integrantes do bloco com o comércio regional sul-americano – avaliou.

Um dos setores brasileiros mais prejudicados com a queda das exportações é o calçadista, disse Ana Amélia. E o Rio Grande do Sul é um dos estados mais prejudicados, acrescentou.

Temporal

Ana Amélia também prestou solidariedade à população sul-rio-grandense em virtude do "gravíssimo temporal" que atingiu o estado nesta segunda (11). O fenômeno provou muitos estragos e perturbação na mobilidade urbana e no atendimento da saúde pública, principalmente na capital, Porto Alegre, registrou a senadora.

As primeiras estimativas, informou, apontam para perda de 70% da safra de uvas viníferas. O cultivo de pêssego também foi muito prejudicado, acrescentou Ana Amélia.

- Isso é uma verdadeira tragédia se forem confirmados esses dados preliminares. São danos irreparáveis que prejudicam não apenas a renda do produtor rural, mas também o comércio de alimentos, inclusive os industrializados, como o de vinhos – avaliou.