Setor agrícola quer negociar prego de R$ 18 bi
As dívidas dos produtores rurais voltam a ser discutidas em Brasília (DF) na Comissão Parlamentar da Medida Provisória 610, que tem como objetivo ajudar os produtores rurais do Nordeste a quitarem suas dívidas com o Governo Federal; segundo o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade Lima, a partir dos anos 80 as dívidas foram crescendo e já chegam ao patamar de R$ 18 bilhões, sendo necessária uma renegociação para manter a atividade do setor
PE247 – As dívidas dos produtores rurais estão em pauta novamente, a partir desta terça (2) até a quinta-feira (4), em Brasília (DF), e serão tema de discussão na Comissão Parlamentar da Medida Provisória 610, presidida pelo deputado federal Ilário Marques (PT-CE), que tem como objetivo ajudar os produtores rurais do Nordeste a quitarem suas dívidas com o Governo Federal. Segundo o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade Lima, a partir dos anos 80 as dívidas foram crescendo e já chegam ao patamar de R$ 18 bilhões. “Em muitos casos, as dívidas foram elevadas em até 80%, por conta da política econômica nacional dos respectivos governos do passado”, declara.
O dirigente esclareceu que o setor não pleiteia uma anistia total das dívidas dos produtores rurais com a União, mas querem que os cálculos sejam refeitos de maneira a reduzir os valores dos débitos. Um dos pontos que será abordado na reunião é a renegociação das dívidas com valores entre R$ 35 mil e R$ 100 mil por produtor, contraídas à partir de 2001, com abatimento de 85% do montante total. “Queremos aumentar este limite (mínimo)”, diz Lima.
O projeto, que tem como relator o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB-CE), prevê, também, a renegociação das operações contratadas a partir de 2007 com inadimplência até dezembro de 2011 e a repactuação dos débitos de até R$ 200 mil contratados até 2006.
Segundo o presidente da AFCP, as dívidas dos produtores devem ser renegociadas para garantir o desenvolvimento no campo. “Existem terras, por exemplo, que estão sendo leiloadas pelo BNB porque os produtores não têm como produzir”, acrescenta. “Alguns produtores já estão ganhando ações na Justiça com a correção do valor das dívidas, mas na Justiça o processo ocorre de maneira muito lenta. Por isso, estamos recorrendo à União”, afirma.
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