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    “Volume de despesas deixadas é irreversível”

    O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, reafirmou que suspendeu a liberação de recursos para todos os eventos culturais da Capital em consequência da crise econômica; o chefe do executivo municipal disse que o "volume despesas deixadas é irreversível. Elas são muito maiores que as receitas. Vamos tentar pagar aquelas despesas que não podem deixar de ser pagas"; ao definir a situação como "catastrófica", Marchezan anunciou que, para amenizar as dificuldades financeiras do município, enviará à Câmara dos Vereadores um projeto de lei para reduzir e equalizar os salários de cargos em comissão (CCs)

    O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, reafirmou que suspendeu a liberação de recursos para todos os eventos culturais da Capital em consequência da crise econômica; o chefe do executivo municipal disse que o "volume despesas deixadas é irreversível. Elas são muito maiores que as receitas. Vamos tentar pagar aquelas despesas que não podem deixar de ser pagas"; ao definir a situação como "catastrófica", Marchezan anunciou que, para amenizar as dificuldades financeiras do município, enviará à Câmara dos Vereadores um projeto de lei para reduzir e equalizar os salários de cargos em comissão (CCs) (Foto: Leonardo Lucena)
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    Rio Grande do Sul 247- O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, reafirmou nesta quarta-feira  (11) que suspendeu a liberação de recursos para todos os eventos culturais da Capital em consequência da crise econômica. O chefe do executivo municipal disse que o "volume despesas deixadas é irreversível. Elas são muito maiores que as receitas. Vamos tentar pagar aquelas despesas que não podem deixar de ser pagas". Ao definir a situação como "catastrófica", Marchezan anunciou que, para amenizar as dificuldades financeiras do município, enviará à Câmara dos Vereadores um projeto de lei para reduzir e equalizar os salários de cargos em comissão (CCs). 

    "Nós temos eventos que são muito importantes para a cidade. Mas não é nem uma opção para mim: entre pagar remédio e merendas e pagar eventos. São dezenas de milhões que não têm cobertura de receita. Estamos cortando Cargos em Comissão. Posso dizer, em primeira mão, que vamos encaminhar um projeto que vai reduzir os valores dos cargos em comissão de todas as empresas, para que a gente tenha equanimidade nos salários. Vamos equalizar isso com a realidade financeira de Porto Alegre", disse ele à Rádio Guaíba.

    Ao justificar o projeto, ainda sem previsão de data para ser enviado, Marchezan afirmou que existe um descontrole no pagamento das funções gratificadas (FGs) e citou a existência de salários mais altos do que os vencimentos do próprio prefeito. Segundo o chefe do executivo municipal, "há uma centena de funções que geram um descontrole absoluto. Não há igualdade na remuneração de servidores".
     
    "A sensação interna é de injustiça, porque há pessoas que vão para determinado local e ganham determinado salário porque estão naquele lugar", disse. "Atualmente, há gerentes na Companhia de Processamento de Dados (Procempa) e pessoas em CCs que ganham mais do que o prefeito. A situação é a seguinte: todos têm de perder. Todos nós temos de dividir esta crise", acrescentou.
     
    Durante a entrevista, Marchezan afirmou que Porto Alegre tem uma dívida que gira em torno de R$ 1 bilhão, o que dificulta o pagamento de salários e de fornecedores. "A prefeitura foi deixada em uma situação catastrófica, que vai ser apresentada em breve. Temos mais despesas do que receita e algumas não há como cancelar. Será um ano em que vamos atrasar salários de servidores e atrasar pagamentos de fornecedores. Não tem como administrar um volume tão grande de dívidas e passar os recursos que temos para atividades que não são essenciais", disse.

     

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