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140 anos da morte de Karl Marx: qual é o seu legado?

Professor de História Econômica da USP conversou sobre a atualidade do pensamento marxista com o diretor de redação do Opera Mundi, Haroldo Ceravolo Sereza

Karl Marx (Foto: Reprodução/Wikipédia)

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Opera Mundi - O programa 20 MINUTOS desta terça-feira (14/03) teve como tema principal a obra do filósofo, economista, jornalista e revolucionário alemão Karl Marx, um dos maiores teóricos políticos da história, devido a que a data rememora os 140 anos da sua morte.

O convidado deste programa foi o historiador Osvaldo Coggiola, professor de História Econômica da Universidade de São Paulo (USP), que debateu o legado do pensamento de Marx com o diretor de redação de Opera Mundi, Haroldo Ceravolo Sereza.

Segundo Coggiola, “se apontarmos apenas o legado intelectual e teórico de Marx, ele em si já é muito grande, e se torna ainda maior se lembrarmos que ele teve tempo para realizar uma obra tão vasta e complexa e ainda ser figura central na organização dos trabalhadores em grande parte da Europa”.

 O historiador também ressalta que “a obra intelectual de Karl Marx ainda não foi inteiramente publicada, existem iniciativas desde os inícios do século XX, mais especificamente na época da Revolução Russa, quando se criou o Instituto Marx-Engels, em Moscou [hoje Instituto Marx-Engels-Lenin] e resgatar a integralidade de uma obra absolutamente notável”.

Coggiola também falou sobre a influência de Marx até mesmo no pensamento de muitos daqueles que defenderam ou ainda defendem teorias críticas ou até antagônicas ao marxismo.

“Sem considerar aquelas manifestações mais sectárias, devemos dizer que até os seus inimigos teóricos e políticos [de Marx] têm que reconhecer que Karl Marx é a grande referência, e ineludível referência, de todo o pensamento contemporâneo. Nenhum pensador tem a influência e conseguiu impor suas ideias no vértice de toda uma época como ele o fez”, enfatizou o historiador.

Outro ponto crucial destacado por Coggiola sobre o legado marxista é “as tentativas de usar aspectos da sua obra para justificar posicionamentos políticos ou históricos que não tem nada a ver com o que ele realmente defendia são movimentos muito antigos”.

“No final do século XIX já havia uma corrente dentro do socialismo internacional que tentou, baseada nas ideias de Karl Marx, justificar um posicionamento que excluía as revoluções da História, aquilo que se chamou de ‘socialismo reformista’, que entendia que o socialismo como um capitalismo melhorado com leis sociais, algo que não tjnha nada a ver com Marx”, frisou o professor.

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