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    Gaza será o túmulo da ordem internacional liderada pelo Ocidente, diz professor japonês

    Saul Takahashi, professor em Osaka, detalha queda da ordem internacional, após o genocídio promovido por Benjamin Netanyahu com a cumplicidade de Joe Biden

    (Foto: Reuters )

    247 – A ação judicial da África do Sul na Corte Internacional de Justiça acusando Israel de violar a Convenção do Genocídio está prestes a deixar uma marca duradoura na história. Essa ação legal pode ser vista tanto como um passo crucial para responsabilizar um estado transgressor por violações persistentes do direito internacional quanto como um símbolo do declínio do sistema internacional liderado pelo Ocidente, segundo argumenta o professor Saul Takahashi, professor da Universidade de Osaka, em artigo publicado na Al Jazeera.

    Segundo ele, o apoio flagrante do Ocidente às ações de Israel em Gaza expôs o duplo padrão moral em relação aos direitos humanos e ao direito internacional. Apesar das evidências generalizadas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos por Israel em Gaza, os governos ocidentais mostraram predominantemente apoio inabalável, rotulando qualquer crítica como antissemitismo.

    A lista de atrocidades, documentada por inúmeros vídeos de smartphones, retrata a dura realidade de hospitais e escolas sendo bombardeados, famílias recuperando corpos sem vida dos escombros e mães lamentando a perda de seus filhos. Em vez de condenar essas ações, os governos ocidentais optaram por proteger Israel da crítica, agravando a erosão de sua credibilidade. Mesmo quando as nações ocidentais expressaram recentemente críticas marginais aos ataques israelenses, o dano à sua credibilidade parece irreparável.

    O artigo também destaca instâncias históricas de hipocrisia ocidental, contrastando o tratamento de conflitos envolvendo Rússia e China com a leniência demonstrada em relação a Israel. A resposta tardia do Tribunal Penal Internacional à investigação das ações de Israel na Palestina e sua rápida acusação no caso da invasão russa na Ucrânia reforçam ainda mais o desequilíbrio na justiça internacional.

    O texto conclui destacando a necessidade de uma reforma revolucionária das instituições internacionais para garantir uma verdadeira democracia e representação igualitária, afastando-se da vulnerabilidade atual à influência de países ocidentais ricos. O autor argumenta que essa reforma é essencial não apenas para abordar as questões imediatas em Gaza, mas também para criar uma ordem mundial que defenda a justiça e os direitos iguais para todos.

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