Deep techs: startups científicas que podem transformar a economia e resolver grandes desafios
Brasil busca consolidar ecossistema de inovação com apoio governamental e empresarial
247 - As deep techs, startups que desenvolvem soluções baseadas em avanços científicos de alta complexidade, vêm ganhando destaque por seu potencial de transformar mercados, criar novas indústrias e abordar grandes desafios sociais e ambientais. Diferentemente de startups tradicionais, essas empresas demandam mais tempo e recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas entregam inovações disruptivas que impactam profundamente setores econômicos.
A indústria brasileira tem olhado com atenção para as oportunidades oferecidas por essas empresas. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), iniciativas como investimentos em corporate venture capital e parcerias em joint ventures com deep techs podem reduzir custos, riscos e o tempo necessário para realizar projetos de alta complexidade. Além disso, a colaboração com essas startups ajuda a posicionar empresas na vanguarda da inovação tecnológica.
As deep techs se destacam por operar na convergência de diferentes áreas de conhecimento, combinando ciência e tecnologia de ponta. Robótica, biotecnologia, inteligência artificial, nanotecnologia e energia limpa estão entre os principais setores em que atuam, com produtos que variam de drones e robôs humanoides a tecnologias como vacinas de RNA mensageiro e fusão nuclear. Essas inovações não apenas resolvem problemas específicos, mas também catalisam a criação de ecossistemas que conectam universidades, centros de pesquisa, investidores e governos.
Lygia Pereira, CEO da startup Gen-t e líder do grupo de trabalho "Negócios do Futuro" da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), ressalta que o desenvolvimento de um ecossistema nacional de deep techs é estratégico para o Brasil. “Precisamos fomentar iniciativas que reduzam barreiras ao desenvolvimento dessas empresas, criando um ambiente favorável para sua consolidação no mercado global”, explica. Propostas como o mapeamento do setor, o estímulo à desburocratização e o direcionamento de recursos adequados são prioridades para entidades como a CNI e o Sebrae.
Entre os esforços recentes, está a Estratégia Nacional de Apoio ao Desenvolvimento das Startups Deep Techs, apresentada por instituições como o BNDES e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). O objetivo é não apenas estimular o surgimento dessas startups, mas também integrá-las a um mercado dinâmico e global. Iniciativas incluem a criação de políticas públicas alinhadas às necessidades do setor, a ampliação do acesso a financiamentos e a simplificação de processos regulatórios. Com isso, o Brasil busca não apenas acompanhar as tendências globais, mas também se posicionar como um player relevante no cenário internacional da inovação científica.
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