Exportações da indústria gaúcha crescem 35% em novembro e indicam recuperação do setor

247 - As exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul alcançaram 1,6 bilhão de dólares em novembro de 2024, registrando um crescimento de 35,4% (424,1 milhões de dólares) em comparação ao mesmo mês de 2023. O aumento foi impulsionado por uma alta de 20,3% na quantidade embarcada e de 12,6% nos preços médios, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento interanual no ano. Claudio Bier, presidente da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), destacou o avanço: “Dos 23 segmentos exportadores, 19 apresentaram incremento de vendas para o mercado externo, o que demonstra um processo gradual de recuperação do setor após as enchentes”. 

Apesar do desempenho positivo em novembro, o acumulado de 2024 segue com queda de 2,6% na receita e de 3,1% nas quantidades exportadas em comparação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o segmento de alimentos liderou as exportações no estado, com faturamento de 541,3 milhões de dólares em novembro, um aumento de 46,8% (172,6 milhões de dólares) em relação ao mesmo mês de 2023. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela elevação de 34,9% nos preços médios de venda, embora as quantidades tenham registrado alta mais modesta, de 8,8%.

Entre os ramos do segmento de alimentos, destacaram-se os óleos vegetais em bruto, que faturaram 202,5 milhões de dólares, um incremento de 109,2 milhões, com a Índia como principal destino. Já o setor de abate de aves somou 133 milhões de dólares, um aumento de 30 milhões, com os Emirados Árabes Unidos como principais compradores. Apesar do desempenho positivo em novembro, o acumulado do segmento de alimentos no ano ainda apresenta recuo de 11,9% na receita e de 16,3% nas quantidades exportadas.

O segmento de tabaco também registrou um aumento expressivo em novembro, com faturamento de 356,9 milhões de dólares, um salto de 155,7% (217,3 milhões de dólares) em comparação a 2023. Já o setor químico, em terceiro lugar no ranking, apresentou uma retração de 4,1% na receita, somando 107,3 milhões de dólares, 4,6 milhões a menos que em novembro do ano anterior. (*Com informações do Correio do Povo)