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    Fortalecer pequenas empresas e cadeias produtivas locais são desafios da indústria alagoana em 2025, afirma economista

    Especialista alerta para a queda da indústria em Alagoas e defende apoio às pequenas empresas para impulsionar a economia local e gerar empregos

    Porto de Maceió (AL) (Foto: Divulgação)

    247 - A recuperação da indústria alagoana desponta como um dos principais desafios para a economia do estado em 2025, segundo Chico Rosário, professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas. Apesar de investimentos recentes em infraestrutura logística, como a reativação do Porto de Maceió e a chegada de empreendimentos como a Mineração Vale Verde, em Craíbas, e a Origem Energia, em Pilar, o setor industrial ainda não conseguiu superar a retração significativa da última década. Entre 2011 e 2021, a participação da indústria no PIB de Alagoas caiu 9 pontos percentuais, passando de R$ 4,4 bilhões para R$ 12 bilhões no mesmo período.

    De acordo com dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Alagoas perdeu 0,2 ponto percentual de participação no PIB industrial nacional entre 2011 e 2021. Em 2022, o estado registrou o nono menor PIB do Brasil, somando R$ 76,07 bilhões, e empregava 106.582 trabalhadores na indústria.

    A crise no setor é ilustrada pela redução no número de usinas de cana-de-açúcar e etanol, que passou de 24 em 2011 para apenas 14 em 2024. Além disso, o professor destaca que as grandes indústrias instaladas no Polo Multissetorial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, não têm impulsionado a recuperação esperada. "Essas indústrias não conseguem criar uma cadeia de insumos no estado, já que grande parte da mão de obra qualificada vem de fora, o que limita os impactos positivos na economia local", explica o professor da UFAL, em entrevista ao site TNH1. 

    Para Chico Rosário, é hora de mudar o foco e investir no fortalecimento das pequenas indústrias. "Apoiar as pequenas empresas é essencial para adensar as cadeias de valor, incentivar a compra de insumos locais e favorecer os negócios regionais. Isso trará impactos positivos no comércio, com mais consumo, melhores salários e benefícios para toda a economia", conclui o economista.

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