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    Indústria propõe manutenção do Bolsa Família por dois anos para trabalhadores formais

    Medida visa estimular formalização do emprego e mitigar deficit de mão de obra, com apoio da Fiems e da CNI

    (Foto: Lyon Santos/MDS)

    247 - A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) apresentou ao governo federal uma proposta que permite aos beneficiários do Bolsa Família manter o pagamento do benefício mesmo com carteira assinada, por até dois anos. A medida, que conta com o respaldo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tem como objetivo estimular a formalização do emprego e reduzir o deficit de mão de obra no mercado formal.

    O presidente da Fiems e vice-presidente da CNI, Sérgio Longen, detalhou a proposta durante a apresentação do balanço anual do setor industrial, destacando que a iniciativa busca eliminar o temor de perda do benefício social como barreira à formalização. "Criamos uma proposta digna para os beneficiários do Bolsa Família, apresentada no Encontro Nacional da Indústria, e conduzimos o trabalho junto com o ministro Luiz Marinho [Trabalho e Emprego]", afirmou Longen.

    A ideia é que os trabalhadores formais continuem recebendo o Bolsa Família por até dois anos, período durante o qual também poderão ser qualificados pelo Senai de Mato Grosso do Sul e de outros estados. Após esse prazo, o beneficiário decidiria entre permanecer no mercado formal ou retornar ao programa social.

    Impacto no mercado de trabalho e economia

    Longen ressaltou que a medida pode contribuir para preencher parte das 1,4 milhão de vagas abertas no mercado formal, abrangendo setores como indústria, comércio e agronegócio. Além disso, estima-se que a formalização de beneficiários gere um retorno de R$ 8 a R$ 9 bilhões anuais aos cofres públicos por meio de impostos e contribuições previdenciárias.

    Atualmente, o Bolsa Família representa um custo de cerca de R$ 281 bilhões anuais para o governo federal. "Se conseguirmos resgatar as vagas abertas, podemos gerar uma arrecadação significativa e aliviar a dependência do programa social", afirmou Longen.

    Recepção do governo e próximos passos

    O governo federal recebeu a proposta de forma positiva, segundo Longen, destacando que ela não visa retirar o benefício, mas garantir a sua permanência durante a transição para o mercado formal. "Queremos que o governo assegure o direito de receber e trabalhar. Foi muito objetivo: assegure o benefício por dois anos. O governo pediu para que avancemos no Congresso Nacional", explicou o presidente da Fiems.

    Com o aval inicial do governo, a próxima etapa será a articulação política no Congresso Nacional para garantir a aprovação da medida. A Fiems se comprometeu a atuar ativamente nesse processo, reforçando o compromisso do setor industrial com a inclusão social e o desenvolvimento econômico do país. (*Com informações do site Campo Grande News)

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