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      Lula: "quero atrair mais empresas japonesas para o Brasil"

      “Queremos construir parceria com os japoneses, com as universidades, institutos de pesquisa, com as indústrias”, afirmou o presidente

      Lula e Shigeru Ishiba (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Em declaração à imprensa na madrugada desta quinta-feira (27), ao fim de sua visita oficial ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a intenção de aprofundar os laços comerciais e tecnológicos entre Brasil e Japão. A fala foi registrada por jornalistas brasileiros que acompanham a comitiva presidencial em Tóquio.

      “Eu quero atrair mais empresas japonesas para ir para o Brasil”, afirmou Lula, após reuniões com autoridades e empresários japoneses. Segundo o presidente, a viagem abriu “uma trincheira extraordinária no desenvolvimento brasileiro”, principalmente em áreas como biocombustíveis, recuperação de áreas degradadas e transição energética.

      Lula lembrou que o Japão, ainda em 2008, discutia a adoção de etanol em sua matriz energética — algo que só agora começa a se concretizar com o aumento da mistura do biocombustível à gasolina. “Agora o Japão está com a disposição de adotar 10% de etanol na gasolina, começar a produzir biodiesel, e o Brasil é o lugar mais extraordinário”, afirmou.

      O presidente destacou também a contribuição histórica da cooperação entre os dois países na transformação do cerrado brasileiro em uma das regiões mais produtivas do país. Ele vê potencial para repetir essa parceria com foco no desenvolvimento sustentável: “quero que os japoneses descubram que, se quiser produzir etanol, o Brasil tem muita terra, o Brasil tem muita água, o Brasil tem muito sol”.

      Durante o discurso, Lula reiterou o convite aos japoneses para participarem de projetos de recuperação de até 40 milhões de hectares de áreas degradadas, comparando a extensão à do território português. Ele apontou que essas áreas poderiam ser aproveitadas para ampliar a produção de alimentos, madeira, carne e outros produtos.

      Outro eixo central da proposta brasileira envolve a transição energética. Lula propôs ao Japão um engajamento conjunto no processo de substituição dos combustíveis fósseis por fontes limpas. “Isso vai levar anos, mas é importante que a gente dê os passos necessários a partir de hoje”, disse.

      Além das questões ambientais e econômicas, Lula ressaltou a importância de preservar os princípios do multilateralismo e do livre-comércio. Ele criticou a adoção de medidas protecionistas por países que, no passado, defenderam a globalização, como os Estados Unidos. “Os mesmos que defendem o livre-comércio estão praticando o protecionismo”, observou.

      Para o presidente brasileiro, a construção da paz mundial e do desenvolvimento sustentável passa pelo fortalecimento de alianças com países como o Japão. “Nós queremos construir parceria com os japoneses, com as universidades japonesas, com os institutos de pesquisa do Japão, com as indústrias japonesas, porque é assim que a gente vai se desenvolver”, concluiu.

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