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    "A Amazônia deve ser defendida como patrimônio do Brasil", diz Aldo Rebelo

    Ex-ministro falou sobre seu novo livro e também acerca da hostilidade que recebe por parte de setores da esquerda

    Aldo Rebelo (Foto: Raisa Mesquita/Câmara dos Deputados | Ricardo Lima/Reuters)

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    247 – Em uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o ex-ministro Aldo Rebelo discutiu seu novo livro, "Amazônia: a Maldição de Tordesilhas", abordando temas desde a importância geopolítica da Amazônia até as críticas que enfrenta de setores da esquerda brasileira. Rebelo, que deixou o PCdoB e hoje mantém diálogos com militares, falou sobre a polarização política no país e a necessidade de defesa da Amazônia como patrimônio nacional.

    “A Amazônia ocupa um espaço nobre da geopolítica do mundo,” afirmou Rebelo, destacando a importância estratégica da região. Ele criticou a falta de atenção da esquerda brasileira para com a Amazônia, mencionando casos em que viu pessoas desse espectro político defendendo a internacionalização da área. Para Rebelo, a Amazônia deve ser defendida como patrimônio do Brasil, argumentando que “ela é brasileira antes de a Califórnia ser dos Estados Unidos.”

    Rebelo também comentou sobre a polarização política no Brasil, afirmando que a hostilidade que recebe “se explica em razão do ambiente geral do País, que é de polarização.” Ele refletiu sobre sua trajetória política e suas experiências com figuras como Jair Bolsonaro e o general Villas-Boas, com quem viajou pela Amazônia: “Eu e Bolsonaro entramos juntos, na mesma eleição no Congresso, em 1990. Viajamos juntos para a Amazônia, mais de uma vez.”

    O ex-ministro criticou a política das ONGs internacionais para a Amazônia, descrevendo-a como um fracasso e apontando para os problemas de contrabando de minério, biopirataria e a situação precária dos indígenas. “O minério sai pelo contrabando, a biodiversidade sai pela biopirataria e os indígenas vivem em situação precária,” lamentou Rebelo.

    Margem Equatorial – Rebelo também expressou preocupações sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, comparando as políticas de exploração da Guiana inglesa com as restrições impostas pelo Ibama no Brasil. “A Guiana é tratada como a nova Dubai. Do lado, o nosso Ibama proíbe um poço experimental da Petrobras onde 70% da população vive de programas de transferência de renda,” criticou.

    Além disso, Rebelo destacou a precariedade das condições militares do Brasil para a defesa da Amazônia, chamando atenção para a necessidade de investimentos na região: “Sobre a defesa da Amazônia, nossa condição militar é muito precária. A região mais rica do planeta, com a maior biodiversidade do mundo, não pode conviver com a população mais pobre do Brasil.”

    Em relação ao cenário político atual, Rebelo comentou sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que ela “representa interesses internacionais” e que sua sustentação está em embaixadas de países como Estados Unidos, Noruega e Holanda. Ele também criticou a política de exploração de petróleo em países como Inglaterra e a empresa Shell, que está dobrando os investimentos em combustíveis fósseis.

    "Nunca pulei a cerca" – O ex-ministro reafirmou seu compromisso com o nacionalismo e a defesa dos interesses nacionais, enfatizando que o interesse nacional deve ser o interesse de todos, sem ser enquadrado como de direita ou esquerda. “Nunca pulei a cerca. Quem pulou a cerca foi quem abandonou as bandeiras nacionais”, declarou Rebelo. Ele também defendeu a integração dos povos indígenas e criticou o identitarismo por seu horror ao nacionalismo.

    Por fim, Rebelo mencionou os desafios enfrentados pelo presidente Lula, elogiando a escolha do ministro José Múcio para lidar com as Forças Armadas e destacando que os problemas do presidente não estão nessa relação. “Os problemas do presidente Lula não estão na relação com as Forças Armadas e o ministro José Múcio é uma excelente escolha”, concluiu Aldo Rebelo. Assista:

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