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Amazônia registra queda histórica de 45% no desmatamento, menor nível da série

Cerrado, porém, enfrenta recorde alarmante de destruição, com 7.015 km² sob alerta, impulsionado pela expansão agrícola

(Foto: TV Brasil/Ag. Brasil)

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247 - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quarta-feira (7) dados que refletem uma realidade contrastante entre dois dos principais biomas brasileiros. Enquanto a Amazônia Legal registrou uma redução de 45,7% nos alertas de desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Cerrado atingiu um recorde histórico de destruição, com 7.015 km² sob alerta, um aumento de 9% em comparação ao período anterior.

A queda na Amazônia representa o menor índice de desmatamento desde o início da série histórica do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), em 2015, com um total de 4.314,76 km² desmatados, equivalente ao tamanho de Cuiabá. Este resultado positivo, porém, contrasta com a situação do Cerrado, onde a devastação alcançou níveis alarmantes, destaca repostagem do G1.

O bioma Cerrado, segundo maior da América do Sul, vem sendo alvo crescente de desmate, impulsionado pela expansão da fronteira agrícola, especialmente na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). De acordo com especialistas, áreas com Cadastro Ambiental Rural (CAR) lideram os alertas, indicando que a destruição está sendo promovida, em parte, por proprietários registrados. Além disso, apenas 8% do Cerrado está sob proteção legal, agravando ainda mais a vulnerabilidade do bioma.

"A expansão agrícola, especialmente do cultivo de soja, tem trazido não apenas desmatamento, mas também violações de direitos humanos e perda de biodiversidade. A situação se agrava com a chegada da época seca, que aumenta significativamente o risco de incêndios," explica Bianca Nakamato, especialista de Conservação do WWF-Brasil. Ela destaca que mais da metade das queimadas registradas em julho ocorreram na fronteira agrícola do Cerrado, particularmente no Maranhão e no Tocantins.

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