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    Chuva no Pantanal zera focos de incêndio, mostra o Inpe

    Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais registraram 1086 focos de fogo no bioma entre os dias 12 a 19 de novembro

    Incêndio no Pantanal (Foto: Joédson Alves / Agência Brasil)

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    247 - As chuvas dos últimos dias encerraram a sequência de incêndios que destruiu neste ano mais de um milhão de hectares do Pantanal, vegetação no Centro-Oeste brasileiro. Imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) mostram que não há foco de fogo no bioma nesta segunda-feira (20). Entre os dias 12 a 19 de novembro, os satélites do Inpe registraram 1086 focos de fogo no bioma.

    Em 17 de novembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que, em 16 dias no mês, foram registrados ao menos 3.098 focos de incêndio no bioma, um recorde para o mês desde 2002, quando foram contabilizados 2.328 focos. Na comparação com o mesmo período de 2022, o aumento de queimadas ultrapassa 1.400%.

    O Pantanal conta com 3,5 mil espécies de plantas, 656 espécies de aves, 325 espécies de peixes, 159 tipos de mamíferos, 98 espécies de répteis e 53 espécies de anfíbios, de acordo com informações publicadas no portal G1.

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    Gráfico sobre o Pantanal. Foto: Inpe (Reprodução)

    Na Bahia, um incêndio destruiu uma área equivalente a 300 campos de futebol em reserva ambiental. De acordo com a Fifa, sediada na Suíça, continente europeu, o tamanho oficial de um campo de futebol é de 120 metros (m) de comprimento no máximo e 90m no mínimo. A largura deve ser de no mínimo 45m e máximo de 90m.

    Além dos incêndios, o Brasil tem registrado recordes de calor. Neste ano, algumas das maiores temperaturas verificadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) foram: 44,8°C em Araçuaí (19 de novembro), 43,4°C em outra cidade mineira, São Romão (15/11); Porto Murtinho (MS), com 43,4°C em 16 de novembro, e Corumbá (MS), com 43,4°C em 14 de novembro. Na última sexta-feira (17), uma parte do município do Rio teve sensação térmica de 59,3 graus Celsius (°C), sendo a maior aferida pelo serviço meteorológico da prefeitura, o Alerta Rio, criado em 2014.

    Uma das causas de temperaturas recordes no Brasil são os efeitos do El Niño. Os ventos alísios, que saem dos trópicos em direção à linha do Equador, perdem força. As correntes frias não sobem para a superfície do mar. As águas do Oceano Pacífico ficam mais quentes. Também gera calor em partes da América Central e da América do Sul.

    No Brasil, algumas das consequências do El Niño são a seca nas regiões Norte e Nordeste. No Sul aumenta o volume de chuvas, pois, como os ventos têm menos força, uma maior quantidade de nuvens fica estacionada e, por consequência, é maior a frequência de temporais.

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