Estudo revela que crise climática pode acelerar em até seis vezes mais a queda do PIB global
Aumento de 3ºC na temperatura do planeta deve cortar crescimento do PIB global pela metade até 2100
247 - Um estudo do National Bureau of Economic Research (NBER) publicado em maio deste ano revela que os danos econômicos das mudanças climáticas são seis vezes maiores do que se pensava anteriormente. O estudo, ainda não revisado por pares, aponta que cada aumento de 1°C na temperatura global pode causar uma queda de 12% no PIB mundial. O planeta já aqueceu 1,1°C desde o século 19, e o impacto econômico é muito mais grave do que se estimava. destaca a Folha.
O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU) alertou que há uma alta probabilidade de a temperatura global ultrapassar 1,5°C até 2040. O estudo do NBER prevê que um aumento de 3°C até o final do século levará a "declínios abruptos na produção, no capital e no consumo", resultando em uma redução de mais de 50% no PIB global até 2100. "É como viver uma recessão duas vezes pior que a Grande Depressão de 1929, para sempre", disse Adrien Bilal, coautor do estudo.
Estudos anteriores indicavam que um aumento de 1°C resultaria em uma redução de 1 a 3% no PIB global a médio prazo, mas o novo estudo considera variações na temperatura média global e seu impacto em ondas de calor, tempestades e inundações, afetando colheitas, produtividade e investimentos. O impacto será mais severo em regiões quentes como sudeste asiático e África subsaariana, com a América Latina também sofrendo significativamente.
Mesmo com cortes drásticos nas emissões de gases de efeito estufa, os objetivos do Acordo de Paris, que visam limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, preveem uma queda de 15% no PIB global. Para cada aumento de 0,5°C, a frequência de eventos climáticos extremos, como secas e chuvas torrenciais, aumentará significativamente.
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