Líder yanomami diz ter enviado cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e todos foram ignorados
O hospital infantil de Roraima registra 29 internações de yanomamis em uma semana. O número chega a 47
247 - O líder indígena Junior Hekurari, presidente do conselho distrital de saúde indígena Yanomami, disse que o governo Jair Bolsonaro (PL) negou mais de 60 pedidos de ajuda feitos por índios Yanomami, em Roraima (RR). A entrevista foi concedida ao Estúdio I, da GloboNews.
O hospital infantil de RR registra 29 internações de Yanomami em uma semana. O número chega a 47. De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara, 99 crianças do povo Yanomami morreram em 2022 por conta do garimpo ilegal na região. A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome nos últimos anos.
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"O povo passou quatro anos sofrendo", disse Junior Hekurari. "O governo atual reconheceu essa tragédia que dura quatro anos. Muita gente, muitas crianças, morreram de malária e de desnutrição. Eu denunciei, pedi apoio ao Ministério da Saúde para ações de intervenção na saúde indígena em Roraima. A gente não recebia resposta do governo", continuou.
"Pedimos que ele visitasse a Terra Yanomami para ver a realidade. Ele simplesmente não atendeu as lideranças. Ele foi visitar área de garimpo e conversou com garimpeiros. Ficamos chateados com isso e denunciamos. O governo Bolsonaro nunca ajudou os Yanomami e incentivou o garimpo ilegal na nossa terra. Estávamos morrendo enquanto ele ia a Boa Vista para conversar com garimpeiros".
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