Lula defende COP30 na Amazônia: “quero que a floresta fale pro mundo”
Presidente afirma que evento em Belém será crucial para ampliar debate sobre financiamento climático e valorizar populações locais
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, em entrevista à Rádio Diário FM de Macapá, nesta quarta-feira (12), a importância da realização da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, em Belém, no Pará. O evento, que reunirá líderes globais no coração da Amazônia, ocorrerá em novembro daquele ano e, segundo Lula, será uma oportunidade única para amplificar discussões sobre financiamento climático e dar voz à região.
“Quando decidimos fazer a COP30 em Belém é porque quero que a Amazônia fale pro mundo. Eu quero que eles venham ver a exuberância da Amazônia, a qualidade humanista do povo do norte do país, do povo do Amapá, do Pará, de Roraima, do Amazonas”, afirmou o presidente.
Lula ressaltou que a escolha da Amazônia como sede do evento não é casual. Para ele, a COP30 será essencial para pressionar os países desenvolvidos a cumprirem suas promessas de financiamento para a preservação das florestas. “Nós queremos discutir seriamente. Vão financiar ou não? Na COP de 2009, eu era presidente. Lá, os países ricos prometeram 100 bilhões de dólares para que os países que tivessem a floresta em pé mantivessem a floresta. Não deram. Depois, prometeram 300 bilhões. Não deram. Agora, a necessidade já é de 1 trilhão e 300 bilhões de dólares. Fica cada vez mais difícil”, destacou.
Além do aspecto financeiro, o presidente enfatizou a necessidade de valorizar as populações que vivem e dependem da floresta. “Estamos cobrando do mundo desenvolvido, que já desmatou toda a sua terra, que eles financiem para que os países que ainda têm floresta mantenham elas em pé. Para mantê-las em pé, precisamos garantir comida na boca de quem mora lá, de quem trabalha, de quem pesca, de quem atua nos seringais”, explicou.
Lula também criticou a visão distante que muitos têm da Amazônia, destacando a importância de conhecer a realidade local. “Todo mundo dá palpite na Amazônia, mas pouca gente conhece. Então, quando decidimos fazer a COP no Pará era porque a gente queria que parem de falar na Amazônia e venham conhecer. Não ache que lá só tem mato. Embaixo de cada copa de árvore tem um trabalhador, um seringueiro, um pescador, um pequeno proprietário de terra, um trabalhador rural. E essa gente precisa ser respeitada”, concluiu.
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