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    Menina ianomâmi de 12 anos morre após ser estuprada por garimpeiros, denuncia liderança

    Segundo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana, Júnior Hekurari Yanomami, o crime aconteceu na comunidade na região de Waikás, que fica em Roraima

    Liderança indígena Júnior Hekurari Yanomami (Foto: Júnior Hekurari/Divulgação - Reprodução (G1))

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    247 - O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, afirmou na noite dessa segunda-feira (25) que uma menina ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros numa comunidade na região de Waikás, que fica em Roraima e é uma das mais atingidas pela invasão de mineradores ilegais na Terra Indígena Yanomami. 

    De acordo com o portal G1, ele pretende ir até a região nesta terça-feira (26) para buscar o corpo da vítima e encaminhá-lo para autópsia no Instituto Médico Legal (IML), em Boa Vista, capital de Roraima. 

    "A adolescente estava sozinha na comunidade e os garimpeiros chegaram, atacaram e levaram ela para as barracas deles. A tia dela defendeu [a sobrinha]. Quando estava defendendo, os garimpeiros empurram ela em direção ao rio junto com a criança. Essa criança se soltou no meio do rio, acho que estava em um barco", disse. 

    "Eles invadiram e levaram [a menina] para o barraco dos garimpeiros e a violentaram brutalmente, estupraram essa adolescente. Moradores de lá me disseram que ela morreu. Então, é muito triste, muito triste mesmo", complementou. 

    Segundo Hekurari, a Polícia Federal (PF) e o Exército foram informados do crime na noite de segunda (25).

    Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) informou que "busca junto às instituições competentes a apuração do caso e acredita que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima". 

    O acesso à região de Waikás leva cerca de 1h15 de voo saindo de Boa VistaBoa Vista. Para chegar à comunidade Aracaçá, onde a menina foi estuprada, são mais 30 minutos de helicóptero ou cinco horas de barco pelo rio Uraricoera. A população da região é 198 indígenas, informou o Condisi-YY.

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