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    Na Cúpula do Clima, Bolsonaro mente e pede "justa remuneração" por "serviços ambientais" prestados pelo Brasil

    Jair Bolsonaro leu discurso em que disparou mentiras como ter determinado maior fiscalização e investimento em órgãos ambientais e ter dito que “o Brasil está na vanguarda do combate ao aquecimento global”. Bolsonaristas sequer reconhecem o problema ambiental e Ricardo Salles sempre esteve ao lado dos desmatadores

    (Foto: Marcos Correa)

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    247 - Em discurso nesta quinta-feira (22) durante a Conferência do Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Jair Bolsonaro não cumprimentou o presidente americano, como fizeram outras chefes de Estado. O chefe da Casa Branca nem assistiu ao pronunciamento de Bolsonaro, que também mentiu sobre o fato de o Brasil liderar combate a mudanças climáticas e chegou a pedir "justa remuneração" por "serviços ambientais" prestados pelo País.

    Em sua fala de pouco mais de 3 minutos, Bolsonaro destacou efusivamente um papel que seria central no combate às mudanças climáticas por parte do Brasil, algo que não condiz com a realidade nem com a atual imagem do País no mundo.

    "O Brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global", disse Bolsonaro. "Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando recursos para ações de fiscalização", acrescentou. 

    Bolsonaro apresentou compromissos como a eliminação do desmatamento ilegal até 2030 e, com isso, a redução de quase 50% nossas emissões até essa data

    "Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior. Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data", continuou. 

    Depois de atacar indígenas várias vezes, em outros discursos, e culpá-los pelas queimadas em florestas brasileiras, Bolsonaro afirmou que devemos aprimorar a governança e tornar realidade a bioeconomia, contemplando "interesses de todos os brasileiros, inclusive indígenas e comunidades tradicionais".

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