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    Número de queimadas na Caatinga este ano foi o mais alto desde 2010

    O sistema usa imagens de satélite para detectar ocorrências de fogo com mais de 30 m². O número representou aumento de 39%, na comparação com o anterior

    Caatinga (Foto: Valter Campanato/ABr)

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    247 - A caatinga teve mais de 21,5 mil focos de calor em 2023, o índice mais alto desde 2010, quando o bioma teve 21,8 mil focos. Foi o que apontou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema usa imagens de satélite para detectar ocorrências de fogo com mais de 30 metros quadrados (m²). O número representou aumento de 39%, na comparação com o anterior e é mais um dos fatores impactados pela ocorrência do El Niño, que trouxe mais calor e menos chuva para a região. 

    As estatísticas foram publicadas nesta terça-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo. A Caatinga é o único bioma totalmente brasileiro, ocupando uma área equivalente a cerca de 10% do território nacional e englobando os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e o norte de Minas Gerais.

    De acordo com o coordenador da equipe caatinga da plataforma Mapbiomas, Washington Rocha, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), dificilmente a caatinga tem fogo sem uma ação humana. "Pode-se dizer que as causas predominantes dos incêndios nessa região se devem a ações antrópicas, sobretudo por uso de queimadas para limpeza de áreas a serem preparadas para cultivo e que, devido ao manejo inadequado, torna-se incêndios", disse. 

    "Mas há também relatos dos incêndios criminosos, aqueles que são deliberadamente provocados como forma de fomentar o desmatamento, para viabilizar novas áreas para agricultura ou pastagem", acrescenta.

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